A comédia LGBTQ ‘Happiest Season’ estrelado pela atriz hollywoodiana Kristen Stewart está em cartaz online pela plataforma Hulu desde a última semana.

A estória é sobre Abby (Kristen Stewart) e Harper (Mackenzie Davis), duas jovens que namoram há mais de um ano e moram juntas.

As festas de final de ano se aproximam e após uma noite apreciando as decorações natalinas da cidade Harper convida Abby, para passar as festividades com sua família.

Abby não se anima muito com a proposta mas como iria passar sozinha aceita o convite da namorada. No meio da viagem Harper revela que nunca se declarou assumidamente lésbica para a família.

“Você terá que fingir que é minha colega de quarto, ok?” esclarece Harper.

Abby se sente traída pela situação mas aceita porque a ama. A partir daí já conseguimos perceber que é só o começo dos problemas e mentiras que ela vai qenfrentar.

Ao chegar na casa dos pais de Harper ela é surpreendida com o rótulo de órfã-que-não-tinha-onde-passar-o-natal e fica totalmente deslocada na presença dos antigos amigos da namorada.

Uma sucessão de situações embaraçosas incluindo o ex Harper que insiste uma aproximação e a falta de privacidade das duas faz com que você sinta revolta do comportamento abusivo de Harper e os segredos que vão sendo revelados pouco a pouco.

Abby é salva pela amizade inesperada de Riley (Aubrey Plaza), também um antigo affair da época de escola de Harper que logicamente sofreu nas mãos da garota.

O problema aqui é simpatizar com tudo o que acontece até o desfecho e o final feliz.

Harper é a típica moça de família dos subúrbios americanos que os pais esperam que seja perfeita e portanto se submete e evita à todo custo infringir as leis e códigos de conduta ao ‘sair do armário’.

“Tudo bem que cada um tenha o seu próprio processo de descoberta e assumir a própria sexualidade seja difícil”, declara o amigo gay de Abby (John Levy) ao consolar a amiga que se sente rejeitada.

Mas infelizmente mesmo sendo uma comédia, com piadas leves não cabe no ano de 2020. E se o final não fosse tão feliz assim?

A sexualidade e as escolhas de parceiros, família e relacionamentos precisam ser claros e tratados com a maior naturalidade possível.

O amor é o que importa, nada mais importa.