ZUMBISTrata-se da mostra George A. Romero – A Crônica Social dos Mortos-Vivos, sobre a obra do diretor cineasta.
George A. Romero, o cineasta responsável pelo clássico A Noite dos Mortos-Vivos, horror com temática zumbi rodado em preto e branco que se tornou cult e influenciou uma série de trabalhos posteriores, da série de TV The WalkingDead aos jogos e filmes da série Resident Evil ocupa a sala de cinema do CCBB no mês de junho.
Dono de uma vasta filmografia e apontado por muitos como um dos mais inventivos diretores de filmes de terror, o americano George Romero será homenageado com uma mostra inteiramente dedicada a seus trabalhos. Até dia 20 de junho, o CCBB Brasília recebe seleção de filmes do diretor de “A noite dos mortos-vivos”, além de debate.
Com curadoria do crítico de cinema e jornalista Mario Abbade, a retrospectiva vai exibir todos os filmes que o diretor fez para cinema e um documentário para a TV. Além dessas produções, quatro documentários que abordam o fenômeno pelo qual Romero é responsável ao longo de sua carreira, e as quatro refilmagens feitas a partir de suas obras mais icônicas.
Romero é autor do aclamado cult que mudou a história do cinema de horror, “A noite dos mortos-vivos” (1968), que ele fez aos 28 anos, com US$ 100 mil. O filme foi incluído no prestigiado National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos EUA em 1999. Considerado um gênio por Quentin Tarantino, George Romero influenciou também diretores como Brian de Palma e John Carpenter. Além disso, sua obra inspirou ‘Resident Evil’ – um dos maiores games da indústria – e o próprio George Romero virou personagem de outro grande game: ‘Call of Duty’. Tudo isso mostra a força e o vigor de sua obra, que se desdobra em franquias, refilmagens e adaptações.
Mario Abbade fala da importância da mostra: “é dono de uma obra que abordou racismo, segregação, desigualdade social, consumismo e questões existenciais de modo original, além de transcender as gerações e os limites do cinema: um dos maiores sucessos do bilionário mundo dos games é produto de suas criações. George Romero há muito já devia ter tido amplamente seu papel no cinema e em outros campos da cultura esclarecido e reconhecido. Enquanto o gênero do qual é o papa é alvo de preconceito, intelectuais, críticos e nomes
entre os mais prestigiados das artes valorizam a obra do cineasta e discutem as metáforas, o posicionamento social, a estética, a ironia e as inovações trazidas pelo diretor.” Para explicar todo o processo criativo do cineasta, haverá uma mesa debate formada pelo curador e os críticos Leonardo Luiz Ferreira e Rodrigo Fonseca.
A crítica também admira e debate a profundidade os filmes de Romero. Algumas de suas marcas são minorias fortes, personagens femininos relevantes e protagonistas negros. A sociedade dos anos 60, consumismo, ciência, interesses militares, conflito de classes, terrorismo, todos são temas que permearam a obra de Romero de modo sofisticado, sem soluções esquemáticas ou clichês dramatúrgicos. “Tenho sido capaz de refletir os climas sociopolíticos das diferentes décadas. Meus filmes são um pouco uma crônica cinematográfica do que está acontecendo”, disse ele.

Serviço 
Mostra  “George A. Romero – A Crônica Social dos Mortos-Vivos”
Local: Cinema I – CCBB Brasília – SCES Trecho 2 – Brasília (DF)

Data:  até dia 20 de junho – Brasília (Exceto dias 7, 11, 12, 14 e 18)
Horários: consultar programação  
Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
A venda dos ingressos se iniciam dois domingos antes para os eventos da semana e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB de quarta a segunda, das 9h às 21h, ou pelo site www.ingressomais.com.br
Lotação: 98 lugares (Cinema I)
Horários da Bilheteria: Das 9h as 21h. (tel.: 3808-2052)
Classificação: consultar programação por sessão
Acesso para pessoas com deficiência: Sim
PROGRAMAÇÃO COMPLETA http://culturabancodobrasil.com.br/portal/george-romero-cronica-social-dos-mortos-vivos-3/