O longa-metragem ‘Minha irmã ‘, exibido na 70° Berlinale e 44° Mostra Internacional dr Cinema de São Paulo é um dos poucos filmes que abordam a temática do câncer de uma maneira menos dramática e mais realista.
Indicado à inúmeros prêmios incluindo o filme para representar a Suécia no Oscar 2021, o filme escrito e dirigido por Stéphanie Chuat, Véronique Reymond revela em sua essência que situações adversas nos impulsionam a sair da inércia e buscar a vida.
Sven (Lars Eidinger) e Lisa (Nina Hoss) são irmãos e tem uma relação de cumplicidade e companheirismo. Sven é um ator de teatro com fama e reconhecimento na Alemanha. Nina é uma escritora e roteirista que abdicou de sua carreira para cuidar da família e vive na Suécia.
A triste notícia da leucemia do irmão faz com que Nina se dedique por inteiro no tratamento e nutra a esperança de vê-lo curado. Ela doa seu tempo e vê sua vida se transformar. Sua responsabilidade para com ele faz com que ela abdique da sua própria família. Os dois filhos pequenos e marido demandam muito e ela se sente pressionada.
Sven almeja voltar aos poucos em breve e a incita a retornar a escrita para uma possível peça que ele possa atuar.
A doença e a morte iminente do irmão fazem com que Nina caia em si e questione sua existência e vontades. Os momentos efêmeros ao lado de Sven se tornam cada vez mais importantes.
O filme tem um desfecho como esperado mas com a mensagem de que a vida é pra ser vivida em sua melhor maneira, realizando sonhos, buscando sentido e acima de tudo os fazendo com amor.