Fernando Mendes de Almeida

Fernando Mendes de Almeida

Arquitetura, exposição e nova vitrine na casa que é referência em mobiliário brasileiro.
No dia 10 de setembro, quarta-feira, a Hill House realiza mais um aguardado Ciclo de Encontros. Desta vez, além de trazer o premiado e aclamado Fernando Mendes de Almeida para um bate-papo sobre os rumos do design brasileiro, haverá a inauguração da nova vitrine, com instalação da artista plástica Valéria Pena-Costa. E ainda a abertura da exposição “Seu sorriso vertical”, da artista brasiliense Clarice Gonçalves. Trazida pela Referência Galeria de Arte, a mostra tem curadoria de Manuel Neves.

Segundo Carlos Alberto de Oliveira, proprietário da loja, o objetivo dos ciclos de encontros promovidos pela Hill House é oferecer ao público, em especial arquitetos, designers de interiores e estudantes, informações sobre o que está acontecendo no universo do design de móveis e das artes. “É um espaço para apresentar e discutir ideias que vão ampliar o repertório de informações dos profissionais que atuam no mercado de Brasília e daqueles que em breve estarão trabalhando conosco”, completa.

O Ciclo de Encontros promovido pela Hill House trouxe ao CasaPark designers de renome como Jader Almeida, Sérgio Rodrigues, Carlos Motta e Aristeu Pires. As vitrines da loja são um capítulo à parte, com intervenções que ultrapassam o convencional. Para esta edição, Carlos Alberto convidou o designer Fernando Mendes de Almeida. Nascido em São Paulo, 1965, desde criança Fernando tinha verdadeira paixão por carros e sua atividade preferida era desenhar carrocerias. Mudou-se para o Rio de janeiro para cursar Desenho Industrial na Escola de Belas Artes da UFRJ e Arquitetura e Urbanismo, nas Faculdades Integradas Bennett.

Seus primeiros projetos foram desenvolvidos na oficina que montou em casa. Depois a paixão pelo design se intensificou quando começou a trabalhar no estúdio do arquiteto Sergio Rodrigues, no período de 1993 a 2000. “Sergio Rodrigues foi um precursor, abriu um cenário. Ele cativou a simpatia das pessoas para o mobiliário brasileiro. Ele é de fato um pioneiro e não tem como negar”, destaca o designer e arquiteto.Hoje, Fernando Mendes continua morando no Rio e trabalha em seu próprio atelier. A união do design contemporâneo às mais tradicionais técnicas de marcenaria são a sua marca registrada. Uma de suas peças mais emblemáticas é a Cadeira Aviador (Foto) criada em parceria com o também designer Roberto Hirth.

O Ciclo de Encontros marca ainda a abertura da mostra com trabalhos da artista plástica Clarice Gonçalves, que faz suas criações a partir de imagens aleatórias, preferencialmente aquelas esmaecidas pelo tempo em que não se pode mais ver um rosto real. “Gosto de ver fotos de livros e retratos de famílias, em especial as que não conheço. Delas, tiro o âmago da imagem, sua essência para escrever uma outra história”, afirma a artista.

Tendo a mulher como tema central de sua narrativa pictórica, Clarice cria cenas teatralizadas que, por vezes, podem ser oníricas com cenas bucólicas, como um banho no lago de águas mansas e cercado de flores. Outras vezes, pode retratar o realismo incômodo de um exame médico.

“Desde sempre o ser humano convive com pinturas, e sempre gostei dessa ideia da pintura como um artefato de convivência. Nessa mostra, pela primeira vez vou poder vislumbrar o que seria a convivência das obras com mobiliário, design e ambientação em um simulacro de que uma presença humana habitaria. Uma outra relação com a pintura, poder sentar-se confortavelmente e observar, imaginar uma boa refeição e fruição da obra”, destaca a artista.

Responsável pela criação da nova instalação que ocupará a vitrine da Hill House, Valéria Pena-Costa é uma artista visual radicada em Brasília. De Monte Carmelo, Minas Gerais, Valéria participou de inúmeras exposições coletivas e individuais. Seus trabalhos buscam referências no cotidiano e na natureza e se materializam em colagens, desenhos e objetos.

“A proposta da vitrine da Hill House é sensacional! As pessoas estão acostumadas a vitrines tradicionais. Já uma instalação, até pelo fascínio que desperta no público, pela certa estranheza que causa, capta a pessoa. O interessante de uma instalação é que ela tem a capacidade de abarcar o expectador, de certa forma ele se sente dentro do trabalho proposto. É uma forma de levar arte para um público muito maior”, avalia a artista plástica. A vitirine-instalação será conhecida somente no dia 10 de setembro.

O Ciclo de Encontros é aberto ao público e os interessados podem obter mais informações pelo telefone (61) 3363-5273. A Hill House fica no CasaPark, 1º piso – lojas 125/126.

Serviço:

Data: 10 de setembro, quarta-feira

Local: Hill House – CasaPark

Horário: 10h30 e 14h30