O Museu Nacional da República vai exibir uma das mostras itinerantes da 33ª Bienal de São Paulo – “Afinidades afetivas”, que recebeu mais de 700 mil visitantes no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, entre setembro e dezembro do ano passado. Trata-se de uma parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a Fundação Bienal.

Estarão presentes 50 obras de autores importantes, como a da escultora brasileira Denise Milan, artista plástica e multimídia, que usa pedras de eixo criativo e executa obras nas áreas de arte pública, escultura, artes cênicas, poesia, impressão e vídeo-arte.

Ela ministrará uma mesa redonda, no dia 30, sobre a sua peça “Ilha Brasilis” e como o cristal se converte em arte quando somos afetados por sua metáfora, que propõe um sentido para a humanidade.

Outra artista destacada na divulgação da mostra é Claudia Fontes, nascida em Buenos Aires e hoje radicada Brighton, no Reino Unido. Ela investiga modos alternativos da percepção da cultura, natureza, história e sociedade que derivam dos processos de descolonização.

Um nome póstumo em relevo é o do paraguaio Feliciano Centurión (1962-96), considerado fundamental na renovação artística ocorrida nos anos 1990 em Buenos Aires, em torno do Centro Cultural Ricardo Rojas. Os artistas desta geração exploraram a subjetividade de diversos modos, incorporando elementos do kitsch. Outro nome consagrado é o de Benjamín Palencia (1894-1980), influente pintor contemporâneo espanhol.

Os visitantes também poderão conferir o ensaio visual exclusivo do fotógrafo Mauro Restiffe, realizado durante a montagem da mostra. Ele observa e registra elementos que compõem as margens da cena. Com isso, cria representações baseadas em representações que destacam as circunstâncias vividas pelo protagonista.

Para o diretor do Museu Nacional, Charles Cosac, a vinda da mostra para a capital se justifica em razão também de “a criação da Bienal de São Paulo e a construção de Brasília serem frutos de uma mesma época, de um mesmo sonho, sob a égide do modernismo no Brasil”.

Sobre a exposição, Cosac diz que “a particularidade dessa edição da Bienal foi a diversidade de perspectivas curatoriais, proporcionando uma recepção baseada na experiência afetiva (e efetiva) do observador com a obra numa experiência dialógica”.

Artistas participantes
Antonio Ballester Moreno (ESP, 1977)
Feliciano Centurión (PAR, 1962 – ARG, 1996)
Alejandro Cesarco (URU/EUA, 1975)
Alejandro Corujeira (ARG, 1961)
Claudia Fontes (ARG, 1964)
Oliver Laric (AUT, 1981)
Vânia Mignone (BRA, 1967)
Denise Milan (BRA, 1954)
Matt Mullican (EUA, 1951)
Benjamin Palencia (ESP, 1894 – 1980)
Ben Rivers (UK, 1972)
Katrín Sigurdardóttir (ISL, 1967)
Ladislas Starewitch (RUS, 1882 – FRA, 1965)

Serviço:
Itinerâncias – 33ª Bienal de São Paulo
De 29 de agosto a 13 de outubro
Local: Complexo Cultural da República – Esplanada dos Ministérios
Terça a domingo, de 9h às 18h30
Entrada franca

Classificação Livre