BEN HUR 1

A difícil tarefa de refilmar um clássico ganhador de 11 Oscars não é pra qualquer um e nem sempre dá certo. O diretor Timur Bekamambetov (O Procurado) bem que tentou, mas o resultado do remake de Ben Hur se resumiu a um filme de ação, com interpretações medianas. No papel principal de Judah Ben-Hur, Jack Huston, que já apareceu na saga ‘Crepúsculo’, filmes policiais, mas que pra mim só chamou atenção ao lado de Daniel Radcliff em ‘Versos de um Crime’, como o escritor beatnik Jack Kerouac.
Como o irmão adotivo Messala, Toby Kebbell (Quarteto Fantástico), me pareceu mais convincente e ágil para o papel, com uma interpretação mais viril e consegue transparecer um pouco do conflito que vivencia. Também Morgan Freeman como Sheik Ilderim, árabe que acolhe Ben Hur após sua fuga do navio escravo e se encarrega de treiná-lo para a disputa com o irmão e Nazanin Boniadi como a esposa de Ben Hur, Esther.

RODRIGO SANTORO COMO JESUS CRISTO

O destaque vai para o nosso Rodrigo Santoro no papel de Jesus Cristo, com uma expressão delicada e que chega a emocionar. Pequenas cenas das passagens do messias na estória chamam a atenção. Socorrendo o protagonista e oferecendo-o água no momento que ele é capturado por traição, interferindo no apedrejamento de um leproso e no momento de sua crucificação valem a escolha dele para o papel.
Para a nova geração que não conhece o clássico e possivelmente não vai encarar quase 4 horas da versão original, é um bom começo.
Na versão 3D, as cenas de ação ganham maior impacto, como nas brincadeiras de disputa entre os irmãos cavalgando, nas lutas do exército romano e na antológica corrida de bigas no Coliseum de Roma. ‘Pão e circo para o povo’ já dizia o imperador César. Agarre seu pacote de pipoca, junte os amigos e encarre uma sessão no domingo.

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