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O 7º Slow Film-Festival Internacional de Cinema & Alimentação vai movimentar Pirenópolis nos próximos dias 15 a 18 de setembro. A exibição dos filmes acontece no Cine Pirineus e tem entrada franca, mediante a retirada de ingressos no local.
O conceito do “quilômetro zero” (que propõe o consumo de alimentos que não tenham percorrido grandes distâncias até o consumidor final) e a tradição culinária permeiam grande parte das produções inseridas na programação do festival.
Ao longo de quatro dias, serão exibidos 24 títulos, entre curtas e longas-metragens, produzidos em diferentes países, como Espanha, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suíça, Peru, Canadá, Japão e, é claro, Brasil, dentre vários outros. Em comum, projetos que recuperam tradições, adaptando-as para o mundo do século XXI ou apenas registrando-as. E reafirmam a importância de aprender com os antigos a respeitar as estações do ano e sua oferta de alimentos, a enxergar a produção regional como fonte generosa de ingredientes para a gastronomia, e a valorizar o conhecimento adquirido como aprendizado para tornar melhor o planeta nos dias atuais.
Em 2016, o festival também fará o lançamento, no Brasil, de dois projetos premiados de Portugal. Trata-se de ‘Esporão & A Comida Portuguesa a Gostar Dela Própria’ e de ‘A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria’, criadas pelo realizador Tiago Pereira, que estará presente ao festival e conversará com a plateia. Serão exibidos episódios da série musical e episódios destinados à culinária, contando também com a presença do chef português André Magalhães, eleito “Personalidade do Ano na Gastronomia” de Portugal, pela revista Wine, e um dos três maiores de seu país, pelo prêmio Mesa Marcada. André Magalhães participa do programa de Tiago Pereira, não só como chef convidado, mas como consultor, e conversará com o público sobre a ideia do projeto, que além de registrar a preparação ancestral de alimentos, convida chefs contemporâneos para fazerem uma espécie de releitura da receita antiga, preparando-a diante da câmera.

DEGUSTAÇÕES

Biscoitos, sucos e frutos do cerrado, Jerez, azeite e vinho portugueses produzidos pela empresa Esporão darão sabor às noites de sexta e sábado do SLOW FILME, acompanhados da conversa com produtores, realizadores e chefs. Os encontros e degustações acontecem no pequeno teatro de arena, na área que liga o Cinema ao Teatro Pireneus.

EXPOSIÇÃO

Sob a curadoria de Sérgio Moriconi, estarão expostas, no hall do Cine Pireneus, 22 capas de discos de vinil como parte da exposição Natureza Móvel. Nas imagens, um percurso da relação do homem com a natureza, segundo explica o curador: “É uma construção por espelho: à primeira imagem de uma flor sob o azul celeste do céu, seguimos até a imagem derradeira da flor encapsulada um ambiente asséptico e sem vida; ao voo livre dos pássaros (segunda imagem) se contrapõe uma vassoura ante um ambiente vegetal (penúltima imagem) denunciando a presença do homem; à faina dos agricultores sobre a pilha de feno, se opõe a sinistra figura (a morte?) do indivíduo com a foice no trigal. Entre essas três dicotomias mencionadas, a faina do homem, a domesticação da natureza, os enlatados, as ilustrações da banana e da Coca-Cola de Andy Warhol (a natureza como metáfora pop) – simbolizando, no contexto da exposição, o descolamento do homem da natureza. Por fim, os efeitos perversos da industrialização, antecipados, em contraponto, com as representações dos enlatados”. Para Moriconi, Natureza Móvel é outra forma de expressar um dos conceitos que norteiam o SLOW FILME e também outro modo de perceber “a música” que embala a nossa contemporaneidade.

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA, 15.09
Abertura oficial
19h00 – Apart Horta (55min)

SEXTA-FEIRA, 16.09
15h00 – O Prato Perene (Chá para dois – 3’57) + O ADN do Ceviche (85min)
16h30 – Brasa (7’) + Noma – Minha Tempestade Perfeita (95min)
18h30 – O Prato Perene (O mel de Kars, 4’30) + Mais que Mel (91min)
20h30 – Guardiãs do queijo coalho do sertão (14min) + Comer o quê? (60min)
Sessão seguida de conversa com o diretor Leonardo Brant e com Regina Tchelly Freitas, criadora da Favela Orgânica.
Coquetel /degustação Central do Cerrado

SÁBADO, 17.09
14h45 – Episódio A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (Flores do Alentejo – Vindo eu de longe ao longe) + O Sonho de Sônia (14min) + Caracóis (30min)
16h00 Episódio A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (Adélia Garcia – Só nós dois é que sabemos) + Retrato de um Jardim (98min)
18h00 – Episódio A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (Paisagem sonora: Manuel Augusto dos Santos – Chamamento de rebanho) + Jerez – O mistério do Palo Cortado (88min) 20h00 – O Prato Perene: O Conto de duas coberturas (5’35) + Caçadores de Trufas (4’45) + Há somente café (4’32)+ Um ato de resistência (4’03)
20h30 – Lançamento, no Brasil, do projeto Esporão & A Comida Portuguesa a Gostar dela Própria, com a presença do realizador Tiago Pereira e do chef André Magalhães. Exibição dos episódios Torricado (7’) + Cataplana de Litão do Rio Formosa (6’30) + Túberas com molho amarelo
Encontro com a plateia e degustação de vinhos e azeites Esporão, com queijos da grife Cabra Chic, produzidos pela fazenda Recanto das Águas, de Armando Rollemberg. Participação especial da produtora Silvia Canas da Costa, proprietária da Quinta da Lapa, referência vinícola em Portugal.

DOMINGO, 18.09
15h00 – O Prato Perene (Com Sentido, 7’08) + Retorno a Yarasquin (35min)
16h15 – Pequena Floresta (60min)
18h00 – Vamos todos para Larzak (118min)

ATIVIDADES PARALELAS
Gratuitas e abertas ao público em geral.

Dia 15/09/2016 das 14 às 17hs.
OFICINA XEPA: COZINHA DA RECICLAGEM E DO AMOR para merendeiras das escolas de Pirenópolis e comunidade. Elaboração de receitas sem desperdício, filmes, brincadeiras e boas conversas com REGINA TCHELLY e JUSSARA DUTRA.
Local: a definir.
Entrada livre

Dia 16/08/2016 das 9 às 12hs
OFICINA XEPA: COZINHA DA RECICLAGEM E DO AMOR para merendeiras das escolas de Pirenópolis e comunidade. Elaboração de receitas sem desperdício, filmes, brincadeiras e boas conversas com REGINA TCHELLY, JUSSARA DUTRA e CENTRAL DO CERRADO.
Local: Universidade Estadual de Goiás
Entrada livre

REGINA TCHELLY – Cozinheira da reciclagem. Fundadora do Favela Orgânica, projeto que tem como objetivo modificar a relação das pessoas com os alimentos, evitar o desperdício, cuidar do ambiente e combater a fome de forma prática, a partir do Ciclo do Alimento: Consumo Consciente, Compostagem Caseira, Hortas em Pequenos Espaços e Gastronomia Alternativa (Aproveitamento Total dos Alimentos)

JUSSARA DUTRA: Coordenadora do GT de Pesquisa em Culinária do RS e Chefe de Cozinha do Palácio Piratini de 2011 a 2014. Líder do Convívio Slow Food Sul/ Porto Alegre. Psicóloga e Gastrônoma.

CENTRAL DO CERRADO: Central de cooperativas, estabelecida com diversas organizações comunitárias de sete estados brasileiros que desenvolvem atividades produtivas a partir do uso sustentável da biodiversidade do Cerrado. Além de promover a divulgação e inserção dos produtos comunitários de uso sustentável do Cerrado nos mercados regionais, nacional e internacional, a Central do Cerrado serve também como centro de disseminação de informações, intercâmbio e apoio técnico para as comunidades na melhoria dos seus processos produtivos, organizacionais e de gestão.

Dia 18/09/16, às 12h30
ALMOÇO PREPARADO PELO CHEF ANDRÉ MAGALHÃES – O célebre chef português, que comanda a culinária da Taberna da Rua das Flores, em Lisboa, considerado um dos melhores restaurantes de Portugal, vai preparar um menu especial em homenagem ao SLOW FILME. O almoço será realizado no Restaurante Montserrat, de propriedade do prestigiado chef catalão Juan Pratginestós.
Número limitado de participantes.
Local: Restaurante Montserrat, em Pirenópolis
Horário: a partir das 12h30
Reservas: slowfilmefestival@gmail.com
Preço: a definir

SINOPSES

A MÚSICA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA
Projeto do realizador Tiago Pereira, que visa recuperar e dar visibilidade a verdadeiros patrimônios vivos da tradição oral de Portugal, pouco conhecidos ou já esquecidos. Em vídeos curtos estão registros de cantigas, romances, contos, músicas e danças, apresentados por personagens que habitam o interior do país e detêm o conhecimento ancestral.

APART HORTA (Brasil, 55min, 2015, ficção-documentário)
Dir. Cecília Engels
Roteiro: Cecília Engels
Elenco: Sidney Santiago, Angela Côrrea, Eduardo Silva, Luciana Paes
A baiana Nazaré vai a São Paulo pela primeira vez para visitar seu irmão Natanael, que vive na cidade há oito anos. Natanael tem um estilo de vida voltado ao trabalho, ao passo que Nazaré vive uma relação muito mais saudável com as pessoas, a natureza e a alimentação. Com a chegada da irmã, Natanael passa a levar para o trabalho uma marmita com comida muito mais saudável feita pela irmã. É no trabalho que ele vai se aproximar de sua colega Cátia. Os dois se apaixonam. Em casa, Natanael vive sobressaltado com as novidades que a irmã apronta. Pois é justamente no prédio onde Natanael mora com a irmã que uma grande revolução vai acontecer.

BRASA (Espanha, 7min, 2015, documentário)
Dir. Xabi Gutiérrez Márquez
Roteiro: Xabi Gutiérrez Márquez, Juan Vich, Pello Gutiérrez, Ander Fernández
O cozinheiro Xabier Gutiérrez, o pintor Juan Vich, o músico Ander Fernández e o realizador Pello Gutiérrez são artistas de diferentes áreas que reinterpretam um conceito a partir de uma premissa: a brasa. Cada um deles expõe sua visão dos materiais, cores, sonoridades, sensações. Brasa, o filme, é também uma obra para despertar a sensibilidade do espectador. Ninguém aqui é um peixe fora d’água, nem mesmo o realizador. Xabier trabalha no laboratório do restaurante Arzak, escreveu vários livros de cozinha e, recentemente, lançou um livro de suspense, O Aroma do Crime, também ambientado no universo da gastronomia.

CARACÓIS (The Snails, Polônia, 2015, 30min, documentário)
Dir. Grzegorz Szczepaniak
De olho no crescente sucesso da criação de escargots – exportados para a França, Itália, China e Japão -, dois amigos poloneses, Andrzej e Konrad, decidem criar seu próprio negócio no ramo. Para isso, contam com a assessoria preciosa de Grzegorz Skalmowski, apelidado de “o rei dos escargots” devido à expertise acumulada. Mas os escargots, apesar de tão lentos, não são criaturas de tão simples manejo. E a empreitada acaba tendo um caráter também existencial e até filosófico.

COMER O QUÊ? (Brasil, 2015, 60min, documentário)
Dir. Leonardo Brant, com a colaboração de Caio Amon, Graziela Mantoanelli
Roteiro: Caio Amon, Graziela Mantoanelli e Leonardo Brant
Pesquisa: Graziela Mantoanelli
A comida define nossa identidade? Quais os benefícios dos alimentos orgânicos? Será que nossos hábitos alimentares influenciam a distribuição de renda ou as condições ambientais do nosso planeta? Essas e outras perguntas são exploradas em COMER O QUÊ? Personagens como Alex Atala, Bela Gil, Helena Rizzo, Josimar Melo, Neka Menna Barreto, Marcos Palmeira, Márcio Atalla, Roberto Smeraldi, Fabiolla Duarte, Cláudia Visoni e outros convidam o espectador para um mergulho na gastronomia e nos hábitos alimentares dos brasileiros. Agronegócio, nutrição, economia, gastronomia, saúde também estão no cardápio do filme.

ESPORÃO & A COMIDA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA (PORTUGAL)
Realização e montagem: Tiago Pereira
Consultoria: André Magalhães
Levantamento etnográfico da gastronomia portuguesa e um olhar contemporâneo sobre algumas receitas. Depois do sucesso do projeto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, o diretor Tiago Pereira uniu-se à empresa Esporão, produtora de vinhos e azeites da região do Alentejo, em Portugal, para apresentar, em vídeos, receitas tradicionais de várias regiões do país, que se mantiveram vivas graças à tradição oral. Algumas delas são reinterpretadas por chefs portugueses consagrados, como o próprio chef André Magalhães.

ESPORÃO & A COMIDA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA – TORRICADO
Uma comida rústica da zona rural da província do Ribatejo é preparada por um camponês da região de Azambuja. Pão de trigo, “toiras”, “forcado”, alho, sal, azeite, uma postinha de bacalhau ou, na falta dele, um bocado de azeitonas.

ESPORÃO & A COMIDA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA – CATAPLANA DE LITÃO DO RIO FORMOSA
Cataplana é uma espécie de panela típica do Algarve, formada por duas partes côncavas que se fecham. Considerado o “bacalhau dos pobres”, o Litão da região do Algarve, em Portugal, é um pequeno tubarão, consumido depois de ser aberto, salgado e seco ao sol, podendo ser guardado por alguns meses. A pele seca, por ser muito abrasiva, era antigamente utilizada como lixa. Seu consumo está ligado à forte tradição pesqueira da cidade de Olhão. Um dos mais conceituados chefs portugueses, André Magalhães prepara uma “cataplana” de Litão, introduzindo na receita algas do Rio Formosa.

ESPORÃO & A COMIDA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA – TÚBERAS COM MOLHO AMARELO
Na Aldeia de Sete, em Castro Verde, no Alentejo, o senhor Isidro (um apanhador de túberas), o cozinheiro Jacinto Fatana e o chef André Magalhães ensinam como funciona a apanha de túberas, espécie de trufa muito abundante nesta região de Portugal. Eles preparam Arroz de ‘Tubras’ com alho e coentros e Túberas com Molho Amarelo.

GUARDIÃS DO QUEIJO COALHO DO SERTÃO (Brasil, 2013, 14min, documentário)
Argumento e produção: Sônia de Souza Mendonça Menezes
Direção, edição e câmera: Rita Simone
Resultado de um projeto de pesquisa financiado pelo CNPq e pela Universidade Federal de Sergipe apresenta o modo de vida de mulheres sertanejas dos municípios de Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha e Nossa Senhora da Glória. A tradição e a sustentabilidade na produção artesanal do queijo coalho e sua relevância para a comunidade e a economia local.

JEREZ – O MISTÉRIO DO “PALO CORTADO” (Jerez & el mistério del Palo Cortado, Espanha, 88min, 2015, documentário)
Dir. José Luis López-Linares
Durante o século XIX, o Jerez foi o primeiro produto de exportação da Espanha. Um vinho que muitas pessoas associavam à qualidade e que era especialmente popular nas casas do Reino Unido. Esse êxito levou a uma superprodução e, consequentemente, a uma baixa de qualidade. Nesse processo, dezenas de especializações, assim como toda uma cadeia produtiva ligada à produção do Jerez, foram desaparecendo. No novo século, o Jerez está a ponto de voltar a ser objeto de culto. Para as novas gerações, este vinho tão singular e misterioso não é apenas a fruta e sua fermentação, mas também o peculiar sabor de um lugar onde – diz a mística – “os deuses foram convidados a conhecer e, enfim, encontraram o seu lar”.

MAIS QUE MEL (More Than Honey, Suíça, 2013, 91min, documentário)
Dir. Markus Imhoof
Roteiro: Markus Imhoof e Kerstin Hoppenhaus
Em menos de quinze anos, dentre 50% a 90% das abelhas desapareceram do globo terrestre. Os agrotóxicos e eventuais predadores contribuem certamente para o fenômeno, mas nada justifica uma queda tão brusca no número destes insetos. O documentário investiga a responsabilidade dos homens no desaparecimento das abelhas, lembrando que, sem a polinização feita por elas, até 80% das frutas e legumes podem sumir da face da Terra. Mesmo Einstein já tinha dito que, sem esses animais, o ser humano sobreviveria no máximo quatro anos.

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NOMA – MINHA TEMPESTADE PERFEITA (Noma – My Perfect Storm, Reino Unido, 95min, 2015, documentário)
Dir. Pierre Deschamps
Roteiro: Pierre Deschamps
Elenco: René Redzepi
Extraordinária jornada através do pensamento singular de René Redzepi, o mais consagrado chef da atualidade. O filme nos faz compreender como ele conseguiu revolucionar todo o mundo da gastronomia, inventando o alfabeto e o vocabulário que suscitaram toda uma nova mentalidade na cozinha nórdica, e estabelecer um novo mundo gastronômico ao mudar radicalmente a imagem do chef moderno. Sua história parece um clássico conto de fadas: o patinho feio transformado em cisne majestoso da moderna cozinha gourmet. Mas sob a superfície polida, rachaduras aparecem na forma de velhas feridas. 2013 permanece como o pior ano da carreira de René Redzepi. Seguimos então sua luta de volta ao topo, reinventando o NOMA e recuperando o título de melhor restaurante do mundo, em 2014, pela quarta vez.

O ADN DO CEVICHE (L’ADN du Ceviche, Canadá, 85min, 2015, documentário)
Dir. Orlando Arriagada
Roteiro: Louis-François Grenier
Na última década, o Peru conquistou o mundo com sua engenhosa, saborosa e diversa gastronomia. Restaurantes da culinária do país são uma verdadeira coqueluche. E a estrela dessa revolução é sem dúvida o ceviche, um preparo de pescado cru marinado em limão, acompanhado de pimenta, batata-doce, mandioca e milho. Percorrendo a costa norte do Peru, a região amazônica e a capital, Lima, este documentário explora os aspectos históricos, culinários, ambientais e sócio-políticos desse prato originário das regiões litorâneas, preparado e consumido no Peru em sua forma ancestral desde a época pré-colombiana.

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O PRATO PERENE – AVENTURAS NO MUNDO DA COMIDA SUSTENTÁVEL (THE PERENNIAL PLATE – ADVENTURES IN SUSTAINABLE EATING)
O Prato Perene – Aventuras no mundo da comida sustentável é uma premiada série documental norte-americana, realizada pelo chef e ativista Daniel Klein e pela cineasta Mirra Belas. Os dois viajam pelo mundo, registrando histórias, curiosidades e toda a complexidade do alimento sustentável, recuperando tradições e valorizando a boa comida.

O PRATO PERENE – CHÁ PARA DOIS (SRI LANKA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
O que seria um filme sobre os pequenos produtores de chá do Sri Lanka transformou-se numa história de amor, depois que a equipe do programa conheceu a relação entre o pequeno produtor de chá Piyasena e sua esposa Ariyawatha. Uma história sobre amor e dedicação entre os campos de chá do Ceilão.

O PRATO PERENE – O MEL DE KARS (TURQUIA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
O leste da Turquia é famoso pelo mel puro que produz. O néctar vem apenas das flores das montanhas selvagens e às abelhas caucasianas nunca é dado açúcar para aumentar a produção. Mas essa abelha e sua forma de vida estão ameaçadas pela chegada de abelhas não-nativas e pela comercialização em larga escala.

O PRATO PERENE – O CONTO DE DUAS COBERTURAS (CHINA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
Como agricultores urbanos de Pequim e Hong Kong inovam em sua produção nas fazendas situadas em telhados, bem no meio das cidades.

O PRATO PERENE – CAÇADORES DE TRUFAS (ITÁLIA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
Os moradores de Marche, na Itália, sempre comeram trufas. O local é considerado o centro de trufas da Itália. A equipe acompanha um caçador de trufas, seu cachorro e seu revendedor, num dia de busca por este alimento precioso.

O PRATO PERENE – HÁ SOMENTE CAFÉ (ETIÓPIA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
Considerada o berço do café no mundo, a Etiópia produz alguns dos melhores. O filme é uma declaração de amor ao café, ao trabalho árduo para produzi-lo e à importância das pequenas fazendas e cooperativas.

O PRATO PERENE – UM ATO DE RESISTÊNCIA (MÉXICO)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
Chocolate não é apenas um doce deleite. É alimento rico em história e espiritualidade. Mas, infelizmente, perdeu seu lugar na agricultura e na produção mexicanas. Esta é uma história sobre trazê-lo de volta às raízes.

O PRATO PERENE – COM SENTIDO (ARGENTINA)
Realização: Daniel Klein e Mirra Belas
Mate é a bebida nacional da Argentina, apreciada desde os povos indígenas. Agora, sua produção tem sido responsável pelo desmatamento do norte da Argentina. Guayaki e Alex Pryor estão querendo mudar isso, levando a planta de volta a seu ambiente nativo. O filme fala sobre a bebida, seu lugar no mundo e a cultura que ela partilha.

O SONHO DE SONIA (El sueño de Sonia, Peru, 14min, documentário)
Dir. Diego Sarmiento
Roteiro: Álvaro Sarmiento e Diego Sarmiento
O filme é inspirado na protagonista, em sua história, paixão e empenho. Sonia Mamani vive em Capachica, um dos 15 distritos da Província de Puno. Nesse lindo lugar, uma península cujas costas são banhadas pelo Lago Titicaca, ela se dedica, desde os quinze anos de idade, à cozinha. O reconhecimento de seu talento a levou a participar, como expositora, de importantes festivais culinários, como o Mistura, da capital Lima, em 2012. Sua culinária peculiar, seu carisma, suas vestimentas, chamaram a atenção daqueles que lutam pela visibilidade e sobrevivência da comida e das identidades regionais.

PEQUENA FLORESTA – VERÃO & OUTONO (Little Forest – Summer & Autumn, Japão, 60min, 2015, ficção)
Dir. Jun’Ichi Mori
Roteiro: Jun’Ichi Mori
Elenco: Ai Hashimoto, Mayu Matsuoka, Yôichi Nukumizu
Exibição do episódio dedicado ao Outono, segunda parte do primeiro filme do projeto do diretor Junichi Mori que, em dois longas-metragens, percorre as quatro estações do ano. A jovem Ichiko vivia numa grande cidade, mas decide retornar a sua pequena cidade natal, Komori, situada numa montanha na região de Tohoku, no Japão. Auto-suficiente, Ichiko encontra energia e prazer vivendo junto à natureza, cultivando e comendo alimentos que ela mesma prepara, usando ingredientes locais de cada estação do ano.

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RETORNO A YARASQUIN (El Camino de Regreso a Yarasquin – The Way Back to Yarasquin, Estados Unidos/Honduras, 35min, documentário)
Dir. Sarah Gerber
Roteiro: Sarah Gerber
A jornada de uma mulher para se reconectar com suas origens em Honduras, sua inabalável determinação em capacitar sua comunidade rural para o trabalho com o principal produto local: o café. Mayra Orellana-Powell reconhece a necessidade de quebrar o ciclo vicioso de empréstimos predatórios contra os pequenos agricultores, consolidando, assim, a sustentabilidade econômica da comunidade. Contra todas as expectativas, Mayra cria um grupo de agricultores locais que melhoram o custo-benefício de seus produtos, resultando em lucros duplos e triplos para os trabalhadores. A capacitação da comunidade faz crescer o sentimento de orgulho dos agricultores e, como consequência, uma responsabilidade maior por parte dos consumidores.

RETRATO DE UM JARDIM (Portrait of a Garden, Holanda, 98min, documentário)
Dir. Rosie Stapel
Roteiro: Daan Van Der Have, Dorine de Vos e Rosie Stapel
Em uma histórica horta de uma propriedade holandesa, um mestre podador de 85 anos e um jardineiro cuidam dos arranjos de galhos em um muro. Enquanto trabalham, conversam sobre comida, o clima e uma infinidade de outros assuntos do mundo. Durante todo esse tempo, compartilham seus conhecimentos sobre horticultura. Rodeados por plantas, árvores cítricas, um laranjal histórico, pomares e uma exuberante vinha, dividem sua paixão e seus conhecimentos sobre quais seriam os ingredientes básicos para o sucesso de uma grande horta. Eles cuidam por mais de quinze anos de um caramanchão de pêra e se perguntam se ele vai “fechar” e ficar belo como de costume. O jardineiro jovem escuta, absorto, esse velho mestre que se preocupa com a possível perda de um conhecimento secular.

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VAMOS TODOS PARA LARZAC – O NASCIMENTO DA LUTA ECOLÓGICA (Tous au Larzac, França, 118min, 2011, documentário)
Dir. Christian Rouaud
Em 1971, o governo francês anunciou o alargamento de um campo de treinamento militar em Larzac, um planalto rural do sudoeste, e a expulsão de centenas de pequenos agricultores do local. As lutas pelo direito à terra e por um mundo desmilitarizado levaram milhares de pessoas a se juntarem em manifestações, acampamentos, confrontos com a polícia e marchas em tratores até Paris. Tous au Larzac conta a história desta incrível luta mítica que durou dez anos. Os personagens incluem, entre tantos outros, o indefectível José Bové, Pierre Bonnefous, Christiane Burguère, protagonistas de uma jornada inesquecível, repleta de situações cômicas e emocionantes, levada adiante por indivíduos determinados a combater o exército e as forças da ordem com inteligência, imaginação e solidariedade.

Serviço:
7º Slow Filme Festival
De 15 a 18/09 (quinta a domingo
Local: Pirenópolis- Goiás
Entrada franca.
Informações: objetosim.com.br
Classificação livre.