Doc resgata a história das personalidades que ajudaram a contar a história da noite gay paulistana (Fotos: Divulgação)
Documentário histórico lançado em 2016 sob a direção de Lufe Steffen, São Paulo em HI-FI, que resgata a era de ouro da noite gay paulistana, fazendo uma viagem pelas décadas de 1960, 70 e 80 – a bordo das lembranças de testemunhas do período, trazendo à tona as casas noturnas que marcaram época, as estrelas, as transformistas, os heróis, e até os vilões: a ditadura militar e a explosão da aids – está em cartaz no aplicativo da Spcine, uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo e é o único serviço de streaming público do país, de graça, até o dia 31/07, basta fazer um cadastro no Looke e pronto! Em breve mais info do Looke!
Ao longo das gravações, registradas em junho de 2013, a equipe entrevistou cerca de vinte pessoas, que revelaram suas memórias e experiências. O escritor João Silvério Trevisan, o jornalista Celso Curi – autor da pioneira “Coluna do Meio”, primeira coluna gay do jornalismo brasileiro, em 1976 –, o historiador norte-americano James Green e os jornalistas Leão Lobo e Mário Mendes, entre outros, dão seus depoimentos no filme.
A empresária Elisa Mascaro é outro destaque. Ao lado do marido, Fernando Simões, ela foi proprietária de três casas noturnas que marcaram o cenário noturno gay da cidade: o K-7, o Medieval e a Corintho. A transformista Miss Biá, que começou em 1960, a transexual Gretta Starr e a drag queen Kaká di Polly também comparecem com histórias pitorescas, emocionantes e inesquecíveis.
Premiado!
A obra conquistou alguns prêmios, entre eles, Prêmio do Público: Melhor Documentário – 18º Queer Lisboa / Lisboa, Portugal / 2014, 3º Prêmio Papo Mix da Diversidade – Categoria Cultura LGBT, Prêmio Câmara Municipal de São Paulo – Dia Municipal de Combate à Homofobia
Troféu Ida Feldman – 21º Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual, entre outros.
Pontos marcantes de SP! Augusta, República…
Ao longo das entrevistas, diversas casas noturnas e bares foram relembrados, como a boate Homo Sapiens ( a famosa “HS”, onde hoje funciona a boate gay Bailão ), a danceteria Off, o “inferninho” Val Improviso e os bares lésbicos Ferro’s Bar, Moustache e Feitiço’s. Além, naturalmente, da boate Nostro Mondo, inaugurada em 1971 e que durou 42 anos.