A Mostra, que passou pelos CCBBs Rio de Janeiro e São Paulo, foi parcialmente exibida em Brasília entre fevereiro e março.
Com o decreto do segundo lockdown emitido pelo Governo do Distrito Federal, sua programação foi interrompida e agora será retomada com todo o respeito aos protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Serão exibidos os filmes remanescentes da programação interrompida anteriormente. A obra “Vampiro da Noite” vai ganhar uma sessão inclusiva para deficientes visuais e auditivos. A exibição em Libras, com audiodescrição e closed caption, acontece no domingo (9 de maio), às 13:00.
O Estúdio Hammer foi criado em 1934 como uma produtora familiar britânica cujo apogeu, de 1950 a 1970, decorreu na produção de mais de 300 obras.

Em cerca de 40 anos de atividade, criou um raro catálogo de filmes que eternizaram lendas do cinema, revelaram diretores e compositores de talento e conquistaram um séquito de cinéfilos em um culto que perdura há décadas.
Este relevante legado que influenciou diferentes gerações de plateias e cineastas é enaltecido na mostra “Estúdio Hammer – A Fantástica Fábrica de Horror”.
Com curadoria de Eduardo Reginato e Danilo Crespo e produção da Voa Comunicação, a mostra apresenta longas-metragens, produzidos entre as décadas de 1950, quando foram lançados os primeiros filmes de terror do estúdio, depois pelo auge dos anos 1960, até o início da sua decadência nos anos 1970. São obras com uma legião de fãs no mundo todo e que são, até hoje, cultuadas, copiadas, parodiadas e reverenciadas.
A mostra “Estúdio Hammer – A Fantástica Fábrica de Horror” valoriza a contribuição do Hammer na formação de alguns dos maiores talentos da Grã-Bretanha. A herança continua a inspirar outros filmes e a influenciar diretores do calibre de Quentin Tarantino, Tim Burton, Steven Spielberg e Martin Scorsese.
Os curadores destacam alguns títulos da mostra, como o primeiro filme do Estúdio Hammer com o Conde Drácula – “Vampiro da Noite” (1958), com os atores que se tornaram ícones do gênero: Peter Cushing e Christopher Lee; os filmes de múmias e monstros de Frankenstein que tem um toque especial, diferente dos clássicos americanos, como “A maldição da múmia” (1964) e “O horror de Frankenstein” (1970); além de “Atração mortal” (1970), uma história de vampiras sensuais que aterrorizam um vilarejo.
“O segmento de horror dos Estúdios Hammer surgiu devido a imensa demanda dos adolescentes e jovens adultos por histórias mais violentas, sensuais e aterrorizantes diferentes da morna e conservadora programação da TV inglesa. No Brasil, os filmes eram exibidos nas sessões da madrugada nas TVs nos anos 1970 e 1980. Era comum as crianças e adolescentes fingirem dormir até o momento da madrugada em que o filme da Hammer começaria e na ‘clandestinidade’ ligar a TV para assistir um delicioso filme de terror que mais divertia do que assustava”, conta Eduardo Reginato.
O Estúdio Hammer terminou por dominar o mercado global de terror e continua altamente influente. Hammer ressuscitou os ícones góticos descartados por Hollywood após a II Grande Guerra em filmes elegantes, sensuais e violentos que capturaram a essência da forma literária original e funcionaram como reflexos sombrios do drama convencional, da mesma forma que narrativas góticas inverteram o realismo oitocentista. Embora a idade de ouro do Hammer tenha terminado no início dos anos setenta, a marca continua como sinônimo de horror e recentemente voltou a produzir filmes novos.
A tradição do Hammer ainda inspirou filmes como “The Rocky Horror Picture Show”, “The Mummy”, “Um Sonho de Liberdade”, dentre outros clássicos.
Serviço:
Mostra “Estúdio Hammer – A Fantástica Fábrica de Horror”
Local: Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (Setor de Clubes Sul – Trecho 2 – Lote 22)
De 04 a 23 de maio de 2021
Classificação indicativa: Confira na programação da mostra
Entrada franca
Ingressos: Os ingressos gratuitos serão disponibilizados no app ou site da Eventim no dia da sessão, a partir das 9 horas. Até 2 (dois) ingressos por CPF.
Lotação: 30 lugares.
Confira as normas de visitação e segurança referentes à COVID-19 no site www.bb.com.br/cultura e na emissão do ingresso.
Informações: (61) 3108-7600 ou pelo e-mail ccbbdf@bb.com.br