*Por Leonardo Resende, da Cidade de Goiás – hashtagcinema@daiblog.com.br
Como o próprio nome diz, cinema experimental é sempre realizado com o intuito laboratorial de um diretor. É com este método que o diretor vai descobrir seus maiores feitos ou fracassos. Por ser algo de essência puramente empírica, talvez não agrade inteiramente um público. Ainda assim, é um interessante gênero explorado pelos cineastas. Dentro da programação do 18ª Fica – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, que acontece na Cidade de Goiás (GO), a Mostra ABD Cine Goiás exemplifica um desses tipos de cinema brasileiro. Sendo sua 14ª edição, esta mostra paralela do evento traz também diretores com animações, documentários e ficções. Totalizando a seleção, são 17 obras locais, todas exibidas nos dias 17, 18 e 19 de agosto, no Cinemão.
O primeiro curta-metragem da programação é de Pedro Gomes. Com abordagem experimental, sua obra chamada Gaza é uma dramatização alegórica de desacordos situados na Faixa de Gaza. O título que abre a mostra será exibido na sala Cinemão, às 19h30. Representando a cidade de Goiânia, a obra tem a duração de 2 minutos e 30 segundos.
Além dos documentários e projetos experimentais, Geralda L. Rodrigues acolhe a conscientização ambiental com a animação A Dama do Araguaia, curta animado que retrata a devastação do rio Araguaia, local que fez um senhor feliz quando jovem.
Com tons folclóricos, Laura Hasse apresenta Tereza Bicuda, documentário que descreve a persona de uma mulher que nunca deixou de aterrorizar os moradores de Jaraguá. Sendo especulada como uma bruxa, louca e mulher diabólica. No último dia de exibição da mostra, Flávio Gomes dirige a animação goiana Vida de Boneco (Foto), projeto que faz metáforas sobre a necessidade do homem em criar. A mostra irá distribuir R$ 120 mil em prêmios, segmentados em 13 categorias diferentes. Os vencedores serão anunciados no último dia do festival, 21 de agosto, durante o encerramento do Fica 2016.