Nada mais oportuno do que assistir ao longa documentário ‘Alvorada’ das diretoras Anna Muylaert e Lô Politi sobre o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, ocorrido no ano de 2016.

O filme que entra hoje em cartaz nas plataformas digitais (Now, Oi, Vivo Play, Google Filmes, iTunes e Youtube) é também nas salas de cinema tem um visão particular e íntima o golpe que sofreu a então Presidenta da República Dilma Russef.

Diferente de ‘O processo’ de Maria Ramos que retrata de dentro do Plenário em meio a discussões acaloradas e muito barulho, a votação que culminou no afastamento de Dilma, em ‘Alvorada’ o silêncio reflexivo e o isolamento são predominantes.

A câmera acompanha o dia a dia da Presidenta em meio ao caos que o país se encontrava. Dilma se mostra uma mulher tranquila e centrada caracterizando uma postura consciente e verdadeira.

A agenda de compromissos e reuniões se mantém e, é possível constatar a influência que Dilma teve nas transformações observadas pelos grupos de mulheres que se reuniram com ela.

Sob o ponto de vista feminista e igualitário é possível notar a diferença das atitudes patriarcais que vivenciamos agora e as mudanças que ela buscava no seu mandato.

Ela relembra no filme com lucidez momentos dolorosos que sofreu durante a ditadura militar e os traumas que perpertuam até hoje.

Os corredores do Palácio guardam as aflições humanas de uma mulher forte e determinada que sofreu em meio a traições e mentiras mas se mantém erguida.