Em sua oitava edição, o festival brasiliense – mais longevo – dedicado ao empoderamento e visibilidade da comunidade LGBTQ+, aposta numa volta reflexiva
Ao longo de 12 dias ininterruptos de atividades, presenciais e online, a 8ª Edição do BOCADIM convida, por meio da arte e da cultura, para uma reflexão acerca da cidadania LGBTQ+ no tempo presente e futuro, frente às perseguições e intensos ataques contra a comunidade.
O Festival propõe ao público um mergulho por um metaverso onde amor e respeito são premissas. Nesse cenário, todas as pessoas são diferentes, mas dispõem de direitos iguais. E é por meio dessa narrativa estética e sensorial que o BOCADIM leva à uma reflexão profunda sobre o momento em que vivemos, sobretudo a comunidade LGBTQ+, que enfrenta muitas dificuldades e riscos à plena cidadania. “Vivemos uma distopia real, quando observamos o que a comunidade LGBTQ+ vem enfrentando nos últimos anos, infelizmente”, comenta Dayse Hansa, coordenadora geral e curadora do festival.
Um exercício ficcional que quer inspirar a vida real das pessoas, esse é o um dos objetivos da 8ª edição do festival.
Em sua maior programação de atividades híbridas (online e presencial), o festival se inicia no dia 1 de dezembro, com seu ciclo de seminários, que trarão temáticas de cidadania -“A Outra Semana do Orgulho”, e de relevância para o setor cultural e turístico da cidade – “Turismo LGBTQ+ no Centro-oeste”. Logo em seguida, no dia 06, é a vez das oficinas gratuitas de capacitação na área de eventos.
No dia 11 de dezembro, sábado, e de volta ao modo presencial, acontecem os shows. Para este ano, a curadoria do festival buscou compor um line up que trouxesse alegria, mas sem deixar de lado a reflexão e o cuidado que essa volta exige. No mesmo dia, acontece a Feira Criativa, com foco na valorização da produção de pequenas/os empreendedoras/es e artistas locais.
Entre as atrações musicais, que se apresentam dia 11 de dezembro na Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha, está Tonhão Nunes, cantautora brasiliense, cujo trabalho brota da sua correria periférica, e Beatriz Águida, também de Brasília, e que retrata, com sua voz branda, histórias biográficas.
Também sobem ao palco: de São Paulo, Bárbara Eugênia, Davi Sabbag e Luzúli (persona e projeto independente de uma das vocalistas da banda Francisco El Hombre); do DF, o festival conta também com as presenças de Asú, Loly Alves, Telma e Selma e Karla Testa; vinda de Goiás, Bruna Mendez, jovem revelação da música brasileira independente; e fechando o line up desta edição, Tulipa Ruiz (SP), vencedora do Grammy Latino com o disco Dancê na categoria Melhor Álbum Pop Brasileiro, que virá acompanhada da banda Pipoco das Galáxias.
O acesso aos shows e à Feira Criativa se dará mediante aquisição de ingressos. A entrada será condicionada à apresentação de carteira de vacinação, com a comprovação do esquema vacinal completo contra a COVID-19. Isso também valerá para fornecedores e equipes técnica, artística, de produção e coordenação. O uso de máscara será obrigatório.
Por fim, no dia 12, pela manhã, acontece o Bocadim na Rua, um mini evento no Eixão do Lazer, com ações de discotecários(as) LGBTQ+ da cidade, onde o público poderá levar sua cadeira, canga e seu isoporzinho para curtir o domingo tranquilo com amigos(as), das 10h às 16h.
Sobre o festival
O BOCADIM é o primeiro festival declaradamente LGBTQ+ no DF. Nasceu em 2014, em oposição a provações de ordem política e ataques à dignidade. Seus alicerces estão no ativismo contemporâneo, que busca promover ações que despertem a empatia e a desconstrução de crenças equivocadas.
O festival tem como legado a promoção da visibilidade LGBTQ+, local e nacional. A partir dos palcos do BOCADIM, artistas conseguiram sua participação garantida em outros festivais não-identitários. “Ver isso acontecendo, mesmo que ainda timidamente, nos orgulha. Construímos um legado. E que bom que os demais festivais não-identitários têm aberto palco para pessoas LGBTQ+. Precisamos ouvir o que essas pessoas têm a dizer, precisamos, com a arte, ajudar a transformar o mundo”, destaca Dayse Hansa, coordenadora geral e curadora do festival. Essa movimentação, que permeia outros espaços, abre espaço para que, segundo ela, “consideremos que nunca estivemos tão no centro das discussões”. E ressalta: “tudo em razão de nosso orgulho e jornada coletiva em busca de respeito e menos violência no mundo”.
O BOCADIM conta com fomento da Secretaria de Turismo do Distrito Federal e apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, produção da Sala de Produções e realização da Associação Artística Mapati.
Material de divulgação: bit.ly/Bocadim2021
Serviço:
8º BOCADIM – Festivalzim LGBTQ+
Data: De 1 a 12 de dezembro de 2021
Shows: Sábado, 11 de dezembro de 2021
Ingressos já à venda: sympla.com.br/bocadim—festivalzim-lgbtq–2021__1404103
Acesso aos shows mediante apresentação de comprovação de esquema vacinal contra Covid-19 completa
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos
Informações: festivalbocadim@gmail.com ou @bocadimoficial, no Instagram