O Ministério da Cultura e a Funarte inauguram no dia 26 de abril, quinta-feira, às 19h na Galeria Fayga Ostrower, da Funarte Brasília, a exposição ‘Selva’ de Analu Cunha, Carla Guagliardi, João Modé e Rochelle Costi.

A mostra, com obras marcadamente experimentais, foi uma das selecionadas do Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais – Atos Visuais Funarte Brasília | Acre, que visa promover o intercâmbio de exposições por diversos estados para estimular a multiplicidade e a diversidade de linguagens e tendências da arte contemporânea.

A reunião de Analu, Carla, João e Rochelle procura criar diálogos entre obras e conceitos que se relacionem entre si e com o espaço expositivo. Procura também pensar a ideia de selva como um lugar de alta biodiversidade, confrontando os conceitos de biodiversidade à uma possível ‘urbediversidade’.

A produção mais recente dos artistas de Selva, tem se caracterizado pelo caráter investigativo, reflexivo e experimental em constante diálogo com novas tecnologias e propostas teóricas.

Analu Cunha irá apresentar a videoinstalação “Silva, Serpente” e o vídeo digital “Guariba, Guarida”, em que ambos refletem a ideia de selva como intrínseca e complementar aos conceitos de civilização e universalidade.

Aqui, Silva, o sobrenome mais presente nas famílias brasileiras, segue o entendimento de ‘selvagem’, ainda que recalcado, percorre nossos corpos e âmagos sempre que é falado, escrito e assinado.

Carla Guagliardi traz a instalação “O Lugar do Ar”, na qual vergalhões de ferro pendem do teto através de bandas elásticas. Série iniciada pela artista em 1993 que se desenvolve a partir dos conceitos de interdependência, equilíbrio precário e vulnerabilidade, conceitos que norteiam o trabalho da artista.

Carla também apresenta “Partitura IV, (vertical)”, nesta peças de madeira articuladas e bolas de espuma mantém um equilíbrio precário e vulnerável através da interdependência de suas partes. Em parceira com João Modé, a obra “Sete Flechas & Pena Branca” consiste numa instalação centrada no áudio de uma conversa entre os dois artistas feita com apitos de madeira. O ambiente receberá uma luz verde fluorescente pendendo de luminárias que se movimentam quase imperceptivelmente.

João Modé vai expor “Floresta com Anni Albers e Willys de Castro”, da série “Paninhos”, que são trabalhos feitos em tecido de uso cotidiano da casa do artista (panos de cozinha, lençóis, lenços) costurados e bordados.

Esta série de trabalhos começou no final de 2013 é uma homenagem à tradição brasileira de arte construtiva. Outra obra que o artista exibe é a instalação “Sem título”, que apresenta um agrupamento de objetos com lâminas de vidro e lâmpadas que criam um espaço de abrigo e de diálogo entre estes objetos.

“Margens”, de Rochelle Costi, apresenta uma série de fotografias que retratam a vida dos cidadãos ribeirinhos, também chamados de beiradeiros, população que vive na beira dos rios, às margens da floresta e subsiste da pesca, do extrativismo, do cultivo de pequenas lavouras ou da chamada marretagem (venda de produtos a bordo de embarcações).

Serviço:
Exposição: Selva
Abertura: 26 de abril de 2018, quinta-feira, às 19h
Visitação: 27 de abril a 10 de junho de 2018 (de terça-feira a domingo, das 10h às 21h)
Local: Galeria Fayga Ostrower – Complexo Cultural Funarte Brasília
Endereço: Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Brasília – DF (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
Informações: (61) 2099-3076 / 2099-3079
Entrada Franca
Classificação Livre.