Por Paula Pratini

O inventino e criativo diretor Wes Anderson entra em cartaz com seu novo filme ‘Ilha dos Cachorros’nesta quinta-feira (26), nos cinemas da cidade. O filme foi exibido na última edição do Festival de Berlim este ano e agradou a crítica que já espera bizzarices do diretor de ‘Os Excêntricos Tenenbaums’ (2001) e ‘O Grande Hotel Budapeste’ (2014).

Na cidade de Megasaki, o pequeno Atari Kobayashi, jovem de 12 anos põe em risco sua vida para salvar seu cachorro de estimação Spots, que foi levado para uma ilha -que mais parece um aterro sanitário, um lixão.

O corrupto e fascista Kobayashi, prefeito da cidade e também seu tio, aprova uma lei que proíbe os cachorros de viveram na cidade e decreta em regime de urgência que os animais sejam transferidos para o aterro e posteriormente exterminados.

Uma metáfora da tirania, do nazismo, dos regimes autoritários que massacram a minoria e manipulam a massa para obterem o que desejam está implícito no longa-metragem de animação stop-motion, voltado para o público adulto. Não é uma animação fácil de digerir, incomoda e nem mesmo diverte.

Os cães são os protagonistas da história e seus conflitos, angústias e traumas são expostos assim como suas feridas abertas. Conheça a realidade do ‘mundo cão’ por assim se dizer, onde uma suposta epidemia separa os bons dos maus, os sadios dos enfermos; os descartados, os marginais.

As vozes foram selecionados pelo próprio diretor e atores como Bryan Cranston (Chief) e Edward Norton (Rex), Bill Muray (Boss), Jeff Goldblum (Duke) e Scarlett Joahansson (Nutmeg) dão vida aos personagens.