A expectatica e espera pelo novo filme da DC ’The Flash’ valeu a pena com o resgate de personagens clássicos que fizeram sucesso em décadas passadas. Pra mim que faço parte da geração old school que assistiu ao primeiro Batman nas telonas ver Michael Keaton em ação é fantástico.

A memória da primorosa direção de Tim Burton, a antiga Bat Caverna, o batmóvel e a presença marcante do ator em cena me fazem querer assistir novamente os primeiros filmes do vigilante solitário.

Essa nova onda de multiverso proporciona aos cinéfilos experiências nostálgicas e com certeza vão atrair fãs como eu que adoram rever os heróis na tela.

Voltando ao presente, Ezra Miller mais uma vez acerta na interpretação do personagem principal desde o inicio do filme . O jovem nerd sempre apressado já diverte nas primeiras cenas bem ao estilo Tom Holland na pele do Homem Aranha. Tímido na tentativa de conquista da atendente da cafeteria, sofrendo bullying dos colegas de trabalho pelos constantes atrasos e sempre na busca incansável em prol do desfecho na condenação do pai pela morte da mãe, Flash descobre que através da sua rapidez acima da velocidade da luz consegue voltar no tempo.

Em conversa com o Batman atual, interpretado por Ben Afleck, Flash retorna ao dia do incidente e a partir dai sua vida se torna uma constante confusão com o aparecimento de vários personagens incluindo ele mesmo aos 18 anos, calouro da universidade meio largado e totalmente desajeitado. As cenas de interação e descoberta dos dois são hilárias!

O que ele não contava seria a aparição do General Zod que está à caminho da terra com a intenção de aniquilar a raça humana. Ele sabe que a única pessoa que poderá salvá-los é o Super Homem e sai à procura de seus amigos da Liga da Justiça para encontrá-lo.

Uma das melhores partes do filme é justamente o encontro com Michael Keaton na Mansão Wayne, completamente suja e empoeirada, com garrafas de vinho espalhada por todos os cantos e um Batman cabeludo e grisalho cozinhando espaguete ao sugo para o almoço. A metáfora do metaverso com os fios de macarrão emarranhados no prato exemplifica de maneira simples a situação em que Flash se envolveu.

O filme além de entreter o espectador traz de volta atores marcantes em suas atuações simbólicas e evidencia o novo caminho dos personagens daqui pra frente em universos paralelos, mas com a mão do destino sobre eles. Vale o ingresso!