Um dos convidados da edição 2018 foi o artista Tião Carvalho Foto: Igor Costa
O Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer recebe nesta sexta, 25/04, 20h, grátis, o espetáculo ‘Todo Nó Cego Eu Desato’ no o encerramento da oitava edição do ‘Boca do Céu’ – encontro internacional de contadores de histórias.
A noite de contos e música reúne artistas convidados, músicos e contadores de histórias, entre eles, Ana Sofia Paiva (Portugal), Charlotte Blake Alston (EUA), Clara Morais (BA), Crianças da Oca Escola Cultural (SP), Gabi Guedes (BA), Gabriel Levy (SP), Paulo Freire (SP/BR)), Thomas Howard (SP), Valdeck de Garanhuns (PE/ SP), Vinicius Mazzon (PR) e Vitor Lopes (SP), sob a direção de Regina Machado.
As convidadas internacionais representam respectivamente a narração oral em Portugal e a tradição narrativa afro americana dos EUA. As crianças da Oca Escola Cultural, de Carapicuíba, trazem seus tambores e a narração de um romance da cultura popular brasileira. A apresentação tem como objetivo apresentar diferentes manifestações da Arte da Palavra presentes na tradição popular brasileira e em outras culturas do mundo.
Criado em 2001, o Boca do Céu é considerado o maior encontro de contadores de histórias do Brasil. A última edição do evento bienal, que ocorreu em 2016, ofereceu atividades com mais de 80 artistas nacionais e 9 contadores estrangeiros, e recebeu 10,3 mil pessoas ao longo de oito dias de programação.
Sobre as convidados internacionais
Ana Sofia Paiva (Portugal)
Nascida em Lisboa, em 1981, Ana Sofia Paiva é formada pela Escola Superior de Teatro e Cinema e especializada em Promoção e Mediação da Leitura pela Universidade do Algarve. Paralelamente ao trabalho como atriz, dedica-se, desde 2007, à narração de contos, dentro e fora de Portugal. É membro do Instituto de Estudos de Literatura e Tradições da Universidade Nova de Lisboa e da cooperativa Memória Imaterial, onde trabalha como pesquisadora, coletando e transcrevendo folclore poético e narrativo.
Charlotte Blake Alston (Estados Unidos)
Charlotte Blake Alston sopra vida nas histórias tradicionais e contemporâneas africanas e afro-americanas. Suas apresentações solo costumam ser acompanhadas por instrumentos tradicionais como djembe, mbira, shekere ou kora de 21 cordas. Em 1999, Charlotte começou a estudar a kora e as tradições da arte de contar histórias da África Ocidental. Tem se apresentado em diversos lugares da América do Norte e do mundo, como o John F. Kennedy Center for the Performing Arts, o Kimmel Center, o Festival Women of the World na Cidade do Cabo, na África do Sul, prisões, centros de detenção e um campo de refugiados no norte do Senegal.
Charlotte tem levado suas histórias e canções para festivais nacionais e regionais, escolas, universidades, museus, bibliotecas e centros de artes por todos os Estados Unidos e Canadá, assim como para rádio e televisão nacionais. Atua também como contadora de histórias junto a várias orquestras, como a Philadelphia Orchestra. Ela foi uma das quatro americanas selecionadas para se apresentar na primeira International Storytelling Field Conference em Gana, e foi artista de destaque no Segundo Festival Internacional da Cidade do Cabo, na África do Sul. Recebeu o Zora Neale Hurston Award, o prêmio mais importante conferido pela National Association of Black Storytellers.
Por Leandro Lel Lima, repórter de SP