Acaba de ser lançado nas salas de cinema uma versão moderna, divertida e muito bem interpretada do clássico de Bram Stocker, Drácula.

Nos papeis principais, Nicolas Cage em uma das suas melhores atuações cheia de trejeitos exagerados e caricatos, como Conde Drácula e Nicholas Hoult (Mad Max), o eterno bom moço como seu servo Renfield.

O roteiro escrito por Ryan Ridley (Rick and Morty) esbarra na sátira do conceito de relações abusivas muito em voga nos dias atuais. Reinfeld frequenta reuniões semanais em um grupo de co-dependentes afetivos onde ouve suas histórias e relata um pouco de sua atormentada relação com o ‘chefe’. As questões pertinentes ao assunto são apresentadas de maneira engraçada mas sem perder o tom que acompanha a realidade de milhões de pessoas em todo o mundo,

O filme é ambientado em Nova Orleans nos dias atuais e Renfield busca um recomeço e sair dos domínios de Drácula. No longa você verá livros de auto-ajuda, frases de afirmações e a parceria inusitada com uma policial Rebecca Quincy (Awkwafina) em atos heróicos e perseguição à Máfia local.

Cenas de morte e muito, mas muito sangue à la Tarantino marcam as cenas de ação e chegam a ser hilárias. Nicholas Hoult com seu jeito desengonçado faz juz ao papel do submisso servo que vê sua força física chegar ao ápice ao ingerir insetos. Com sua caixinha de moscas, aranhas e gafanhotos sempre à postos ele se torna um poderoso combatente e defensor dos inocentes.

Os destaques do filmes são o figurino e a cenografia. Preste atenção nas roupas de Drácula estilo Bela Lugosi, com tons de roxo que lembram o cantor Prince e logicamente o Coringa. A ambientação do covil do mestre das trevas em uma igreja antiga com velas por todos os lados e sacos de sangue pra transfusão. Super estiloso!