O Hip Hop, patrimônio imaterial do DF destaca artistas que incentivam através de seus projetos, jovens alunos da rede pública com oficinas, workshops, batalha de rimas, aulas de breaking e grafitti  

Rivas ex–Alibi e Elom são dois artistas nascidos na Ceilândia que desde o início de suas carreiras incentivam jovens da periferia através dos fundamentos do Hip Hop com suas  letras cheias de significado no rap, o breaking e a arte urbana com o grafitti.  

Atualmente eles trabalham com dois projetos patrocinados pelo FAC e apoio da SECEC que merecem destaque no DF. São eles o ‘Arte Urbana nas Escolas’ e ‘Tem Grafitti na Minha Escola’, que chegam às suas 4ª e 2ª edição. 

Na programação aulas de desenho livre, letras e personagens, introdução às cores e a pintura dos muros em cada instituição de ensino. Vale destacar que a metodologia do curso explora tanto a criatividade dos alunos quanto técnicas utilizadas.

Acontecem também bate-papo sobre temas atuais como bullying, preconceito, amor e respeito às diferenças e diversidade. Aulas de rima e composição de músicas em cima dos temas propostos, workshops de danças urbanas como breaking, locking e certificado para os melhores alunos participantes. 

Para Elom, grafiteiro acostumado com a arte das ruas, a importância do projeto é levar às crianças um pouco da arte dos muros para dentro da sala de aula.

“Existe uma carência de ações como essa na rede de ensino, principalmente na periferia. E os jovens se identificam com os fundamentos do Hip Hop. Na periferia não temos acesso às galerias de arte e museus. A arte urbana é muito forte e conseguimos através dela passar muitas mensagens de cidadania e inclusão”. 

Escolas públicas em Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente estão sendo contempladas e mais de 500 alunos já participaram dos projetos.  

Para Rivas, grafiteiro e rapper, a importância do Hip Hop que este ano completa 50 anos de resistência e existência é agregar valores elevados para os jovens. 

“Os projetos são excelentes oportunidades para todos conhecerem o que o Hip Hop representa. A união, o resgate social e a valorização do indivíduo dentro de um grupo e na sociedade são essenciais no seu desenvolvimento. 

A cultura Hip Hop resgata vários jovens da zona de violência e insegurança diária e transforma vidas todos os dias. Vários artistas grafiteiros e dançarinos hoje são conhecidos nacional e mundialmente e acompanhar seu desenvolvimento e o que se tornaram é muito gratificante”, destaca Rivas