Muita gente nunca ouviu falar dela, especialmente aqui em Brasília. Naná Rizinni é uma cantora multi-instrumentista, eclética, cult, dona de uma pegada distinta, difícil de decifrar. Algo entre o pop e o experimental. Naná consegue fazer um som vezes grudento, vezes louco demais.
Uma música se destacou de cara pra mim “Me deixa dançar”, é o grande hit do CD, música boa, grudenta e divertida. Outros destaques são “Prejudicada” que flerta com o tecnobrega, e onde nitidamente nota-se a participação de Adriano Cintra (CSS, Madrid) na composição. E “Feio” que também chama muita atenção pelos backings vocais, e temática da letra, que aborda bem a postura alternativa, rebelde, que a cantora assume.
O CD tem doze faixas, foi gravado em Chicago (USA), produzido por Steve Albini, conhecido por assinar a produção do In Utero do Nirvana. E conta com Adriano Cintra como verdadeiro parceirão de composição, execução e produção. Além de backing vocais super especiais de Tiê e outros músicos.
É muito bom conhecer artistas que fogem das fórmulas batidas, desgastadas e repetidas. Deixo meus intusiasmados votos para que ela apareça logo por aqui na capital para um uma apresentação ao vivo. Seria ótimo!