a viradaPara marcar a a comemoração dos 25 anos da derrubada do Muro de Berlim, a Embaixada da Alemanha e o Goethe-Zentrum Brasília, em parceria com o Cine Brasília, apresentam “A VIRADA – 25 Anos da Queda do Muro de Berlim”. De 5 a 12 de novembro, o público brasiliense poderá assistir a 19 filmes que revelam a vida cotidiana da Alemanha Oriental e os emocionantes acontecimentos do dia 9 de novembro de 1989.

A mostra, que tem curadoria de Sérgio Moriconi, abrange temas e gêneros diversos, como documentários, animações, curtas, comédias e dramas e traz produções de 1955 a 2014 – incluindo dois curtas “Esterhazy” e “A Confissão” (Die Beichte). Na abertura, será exibido filme inédito no Brasil: o impressionante drama/documentário “Trem para a Liberdade” (Zug in die Freiheit) que narra, intercalando imagens e entrevistas de testemunhas oculares da história, a tensa viagem de trem dos cidadãos da República Democrática Alemã (RDA), que se refugiaram na Embaixada da República Federal da Alemanha em Praga, rumo à Alemanha Ocidental em setembro de 1989.

Na programação, destaque para o filme premiado com o Oscar 2007 de Melhor Filme Estrangeiro “A Vida dos Outros” (Das Leben der Anderen). Apesar de ser ficção, traz informações precisas de como funcionava a máquina de espionagem da Stasi e relembra como a vida de uma pessoa pode mudar conforme ela conhece outras realidades.

Enquanto os filmes “Alameda do Sol” (Sonnenallee) e “Adeus, Lênin! (Good Bye, Lenin!) capturam com grande sensibilidade e senso de humor a perspicácia com a qual as pessoas lidavam com as adversidades da vida cotidiana na Alemanha Oriental e com as mudanças pós-queda do muro, “Céu sem Estrelas” (Himmel ohne Sterne), “Ventos do Oeste” (Westwind) e “O Caminho irracional” (Der irrationale Rest), bem como o filme indicado ao Oscar “Bárbara”, contam trágicas histórias de amor e de tentativas de fuga.

“Da Queda do Muro à Reunificação” (Deutschlandspiel), “Igreja de São Nicolau” (Nikolaikirche) e “Depois da Revolução” (Nach der Revolution) se dedicam aos acontecimentos políticos da revolução pacífica e à reunificação alemã, cujo símbolo é a fusão das duas metades da cidade de Berlim.

As drásticas mudanças estruturais em Berlim na década de 1990 são apresentadas no documentário “Berlim Babilônia” (Berlin Babylon). Um registro histórico igualmente notável é “A Linha invisível” (The invisible frame) realizado pela diretora Cynthia Beatt e pela atriz ganhadora do Oscar Tilda Swinton. O filme segue o rastro da evolução que a cidade de Berlim traçou entres os anos de 1988 e 2009.

Para complementar a mostra, será exibida no foyer do Cine Brasília uma exposição de fotos da Queda do Muro e da reunificação alemã com incríveis imagens que farão o público voltar no tempo. Ainda para trazer à tona a discussão sobre os aspectos sócio-políticos do momento histórico abordado nos filmes, haverá um bate-papo com a presença do Professor de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Pablo Holmes.

“A VIRADA – 25 Anos da Queda do Muro de Berlim” dará ao público de Brasília a chance de visualizar as dimensões da divisão e da reunificação da Alemanha e de obter insights sobre esta parte da história alemã, que trouxe grandes incertezas, mas também grandes esperanças para milhões de pessoas.

Um mundo dividido – Construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, o muro circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental.

Além de dividir a cidade de Berlim ao meio, o muro simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético.

Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. O muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou “Ordem 101”) os que tentassem escapar, o que provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas.

A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada “cortina de ferro” entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste.

Antes da construção do muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. Durante sua existência, entre 1961 e 1989, o muro quase parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um quarto de século.

Serviço:
A VIRADA – 25 Anos da Queda do Muro de Berlim
Período: de 5 a 12 de novembro 2014

Local: Cine Brasília | EQS 106/107 | Asa Sul | Brasília-DF
Informações: 3108 7600
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