O I Festival LGBTFlix de Cinema vai acontecer entre os dias 30 de abril e 09 de maio e visa comemorar o sucesso de um ano da LGBTFlix, plataforma totalmente gratuita que reúne produções audiovisuais que retratam a existência de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros.

Com uma seleção de longas independentes e comerciais, o Festival contará com uma seleção de títulos disponíveis em votelgbt.org/flix

A programação é composta de obras contemporâneas, como o premiado “Praia do Futuro”, de Karim Ainouz, e o longa “Corpo Sua Autobiografia”, de Cibele Apes e Renata Carvalho, além do documentário “Para Onde Voam as Feiticeiras”, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral. 

O projeto é coordenado pelas equipes do #VoteLGBT e da Casa 1 e a ideia de celebrar a criação da plataforma em um festival de cinema se deu por conta do sucesso da LGBTflix, que com um ano de existência conta hoje com 250 curtas metragens brasileiros no catálogo permanente, além de ter hospedado 3 festivais: dois nacionais e um internacional. Até o momento, mais de 180 mil pessoas acessaram a LGBTflix. 

LGBTFLIX – CINEMA PARA TODAS AS LETRAS 

Questões de gênero, abordagens sobre a diversidade dos afetos e debates sobre a vasta gama das vivências sexuais não-hegemônicas. Esses são os ingredientes do cardápio da LGBTflix (votelgbt.org/flix), uma plataforma totalmente gratuita, sem nenhuma relação com qualquer plataforma de streaming. 

Usuários podem selecionar as centenas de filmes que integram a plataforma e escolher os títulos que tratam de sua temática predileta. Basta clicar em cada uma das letras da sigla LGBT, para em seguida ser direcionado à lista específica dos filmes. 

A LGBTflix é uma iniciativa do coletivo #VoteLGBT pensada para atenuar o impacto do isolamento social causado pelo novo coronavírus. De documentários sobre relevantes questões sociais, passando por sátiras, olhares poéticos e obras ficcionais, a seleção de filmes reúne uma poderosa vastidão de olhares. 

“Esse período de isolamento social pega mais pesado nas pessoas LGBTs, porque muitas de nós não encontram na família um sistema de apoio. Imagina ficar isolado num lar opressor com pessoas que não respeitam seu nome e sua identidade!”, provoca o artista Gui Mohallem, um dos integrantes do #VoteLGBT. 

A iniciativa também serve de janela para a divulgação da extensa produção audiovisual brasileira, que encontra poucos espaços de exibição nacional. “De um lado vocêtem pessoas querendo se ver representadas, e de outro você tem uma produção cultural potente que enfrenta uma série de obstáculos para chegar ao seu público. Nossa galeria defilmes se propõe a ajudar nesse encontro“, explica Mohallem. 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO FESTIVAL (os filmes estarão disponíveis entre 30/4 e 9/5) 

AS CORES DO DIVINO – ( Dir. Victor Costa Lopes, Documentário, 2020) 

Documentário realizado a partir de conversas com pessoas LGBT+, unidas por um traço em comum: todas já fizeram parte, ou ainda fazem, de alguma instituição religiosa. O filme traça um instigante panorama sobre a relação entre religião e sexualidade. 

CORPO SUA AUTOBIOGRAFIA – (Dir.: Cibele Apes e Renata Carvalho, Documentário, 2021) Documentário que mostra um corpo em isolamento social e familiar, mas o distanciamento não é provocado pelo Coronavírus, e sim por ser uma travesti. Renata Carvalho é uma personagem de si mesma, sua voz nos narra a historicidade/transcestralidade do seu corpo e a transfobia estrutural, apontando a construção social, midiática, criminal, sexualizada e patológica da corporeidade e identidade travesti. 

DIGA MEU NOME – (Dir. Juliana Chagas Gouveia, Documentário, 2020) 

Sélem, de 45 anos, e Diana, de 22 anos, pertencem a gerações diferentes e partes distintas do Brasil. No entanto, as duas são mulheres negras e transexuais, lutando por seus direitos, como o reconhecimento do nome social e o direito de usar o banheiro feminino. Elas retratam seus combates diários na cidade do Rio de Janeiro. 

HOMENS PINK – (Dir. Renato Turnes, Documentário, 2020) 

Nove homens gays compartilham suas memórias. Os primeiros desejos, o fervo da juventude num país sob a ditadura militar, a devastação da AIDS, a festa como território de resistência. O envelhecer do homem gay celebrado nas vozes de orgulhosos sobreviventes. 

PARA ONDE VOAM AS FEITICEIRAS – (Dir. Eliane Caffé, Carla Caffé, Beto Amaral, Documentário, 2020) Em Para Onde Voam as Feiticeiras, através de manifestações artísticas, um grupo de performers LGBTQI+ realiza encenações públicas que levantam debates sobre questões de gênero, desigualdade social e preconceito nas ruas do centro de São Paulo. Mexendo com o imaginário popular e proporcionando debates, os artistas explicam suas lutas cotidianas para qualquer pessoa que esteja interessada em adquirir uma nova perspectiva sobre as mais sutis camadas da intolerância. 

PASSOU – (Dir. Felipe André Silva, Ficção, 2020) 

fábio amava pedro, que sentia algo por carlos, que não sabia o que esperar de fábio. agora tudo isso já passou e não há porque olhar para trás.

PRAIA DO FUTURO – (Dir. Karim Ainouz, Ficção, 2014) 

Praia do Futuro, Ceará. Donato (Wagner Moura) trabalha como salva-vidas. Seu irmão caçula, Ayrton (Jesuita Barbosa), tem grande admiração por ele, devido à coragem demonstrada ao se atirar no mar para resgatar desconhecidos. Um deles é Konrad (Clemens Schick), um alemão de olhos azuis que muda por completo a vida de Donato após ser salvo por ele. É quando Ayrton, querendo reencontrar o irmão, parte em sua busca na fria Berlim. 

Serviço: 

I Festival LBGTflix de Cinema. 

De 30 de abril a 9 de maio. 

Acesse: votelgbtr.org/flix