O CCBB Brasília celebra os 50 anos do tropicalismo com o ‘Festival CCBB Quanto Mais Tropicália, Melhor’

No palco, Tom Zé, Céu, Plap e Pato Fu celebram o movimento musical que estremeceu a música popular e a cultura brasileiras: o Tropicalismo.

“A Tropicália, assim como a Bossa Nova dez anos antes, foi um movimento que, acima de tudo, exportou a cultura brasileira de uma forma universal e moderna e não como algo exótico. São obras originais que souberam reprocessar as mais diversas informações para gerar um produto único, cujo impacto cultural permanece. Prova dessa universalidade é que os criadores da Tropicália têm entre seus discípulos e admiradores nomes importantes da cultura pop mundial, como David Byrne, Almodóvar, Beck, Kurt Cobain e Sean Lennon, entre outros”, segundo Cloves Henrique Nogueira, Gerente do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília.

ATRAÇÕES

No sábado, 2 de setembro, a cantora e compositora Céu mistura São Paulo e os ares “Tropix” a clássicos como “Vapor barato” (Jards Macalé e Waly Salomão, gravado por Gal no LP “Fa-tal”, de 1971), “Nine out of ten” (do disco “Transa”, gravado em 1972 por Caetano no exílio londrino pós Tropicalismo) e “Back in Bahia” (escrito e cantado por Gil no disco “Expresso 2222”, de 1972) antes de o baiano Tom Zé, tropicalista por excelência, cantar os seus sucessos em nome de todos que, junto com ele, sacudiram o país. Tom Zé promete relembrar a sua “Parque Industrial”, que está no disco “Tropicália ou Panis et Circensis”, de 1968, mais “Tropicália” (Caetano) e “2001”, parceria de Tom Zé e Rita Lee gravada pelos Mutantes, entre outras.

Tom Zé, aliás, não vê a hora de cantar no CCBB Brasília. “Quanto mais Tropicália, mais riqueza. Quanto mais Tropicália, mais divulgação do Brasil. Quanto mais Tropicália, mais tropas de luz. Ouvindo o nome do festival, a gente se sente assim. Ainda mais com a sugestão de concretude vinda de Tropicalea, palavra que contém a expressão de Júlio César, Alea jacta est (a sorte está lançada), dita quando ele ia atravessar um rio, tomando uma decisão para a grandeza de Roma. Ensaiando o show, essas emoções acompanham a gente”, filosofa o mestre.

Já no domingo, 3 de setembro, o batuque animado e carioca da Plap abre a noite e promete colocar todo mundo para dançar ao som de “Bat Macumba” (1968, Gilberto Gil e Caetano Veloso, também do álbum legendário) e “Alegria, alegria” (Caetano), antes de a banda Patu Fu, liderada por Fernanda Takai, arrebatar o público com seu pop rock mineiro que remete aos Mutantes. No roteiro tropicalista, estão “Qualquer bobagem” (1969, de Tom Zé com o trio Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sergio Dias) e “Ando meio desligado”, sucesso dos Mutantes de 1970, regravado pelo Pato Fu em 2001, no disco “Ruído Rosa”.

Programação:

Dia 02/09 (sábado)
Céu e Tom Zé

Dia 03/09 (domingo)
Plap e Pato Fu

Serviço:
Festival CCBB ‘Quanto Mais Tropicália, Melhor’
Data: 2 e 3/09 (sábado e domingo), às 16h
Local: Área externa do CCBB-SCES trecho 2 lotes 22
Ingressos: R$20 e R$10
Clientes BB pagam meia-entrada
Venda de ingressos pelo site http://www.maistropicalia.com.br e na bilheteria do CCBB Brasília.
Classificação 16 anos.