O espetáculo “L, O Musical”: uma narrativa em que o amor entre mulheres é posto ao centro do palco como um ponto de partida para uma trama inédita, que se sustenta em valores caros ao ser humano, como o direito incondicional de amar livremente, sem regras e imune a preconceitos. A partir de um relicário de canções da MPB, a montagem conta com Ellen Oléria, Elisa Lucinda e elenco. A estreia será dia 10 de agosto de 2017, no Teatro 1 do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, a peça segue temporada até 1° de setembro.
As personagens Ester, Rute, Anne, Simone, Elle, Filipa, Léa e Xena vivem, em cena, as delícias e os conflitos de amar iguais. Sem flertar com panfleto, o espetáculo tem como núcleo central valores como a liberdade, o desejo, os afetos e a identidade humana, que norteiam qualquer indivíduo independentemente da sua orientação sexual ou identidade de gênero. “No caso da mulher lésbica, há uma especificidade muito impactante. Ela sofre uma dupla opressão: a de ser mulher e a de ser lésbica. O machismo e o sexismo são terríveis agravantes”, observa Sérgio Maggio.
Com dramaturgia e direção de Sérgio Maggio (“Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José”), direção musical de Luís Filipe de Lima (“Sassaricando”), direção de movimento de Ana Paula Bouzas (“A Cuíca de Laurindo”) e direção de produção de Ana Paula Martins (“Duas Gotas de Lágrimas no Frasco de Perfume”), “L, O Musical” reúne em cena um precioso encontro de atrizes.
Elisa Lucinda (também escritora e poeta consagrada) e Ellen Oléria (atriz de formação, que retorna aos palcos 12 anos depois de ter feito a última peça) encabeçam o cast formado pelas talentosas Renata Celidonio (“Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”), Gabriela Correa (“As Canções de Odair José”), Tainá Baldez (“As Canções de Odair José”) e Luiza Guimarães (“Três Tigres Tristes”).
O universo de canções que norteia o espetáculo foi montado a partir de pesquisa e referências a cantoras brasileiras que são ora publicamente lésbicas ou bissexuais ora que promovem uma identificação afetiva com esse público. “Realizei uma pesquisa espontânea em comunidades virtuais de lésbicas que me passaram listas de músicas que embalavam seus amores, encontros e desencontros. Além disso, buscamos essa identificação afetiva”, conta Maggio, que assina o roteiro musical ao lado de Ellen Oléria e com supervisão de Luís Filipe de Lima.
Pensado como um processo criativo no qual as atrizes se transformam em artistas-criadoras, o espetáculo teve como referência afetiva o histórico texto dramatúrgico “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant”, de Rainer Werner Fassbinder, que teve uma montagem histórica no Brasil, em 1982, com Fernanda Montenegro, Renata Sorrah, Rosita Thomas Lopes e Juliana Carneiro de Cunha no elenco.
A equipe criadora de “L, O Musical” reúne nomes consagrados da cena teatral brasileira, vindos do Rio de Janeiro e de Brasília. Jones de Abreu (um dos atores mais respeitados da cena brasiliense) é diretor assistente do projeto, enquanto Maria Carmen de Souza (Prêmio Moliere e Mabembe por “A Resistência”, de Maria Adelaide Amaral) assina o cenário. O desenho de luz é de Aurélio de Simoni (um dos iluminadores mais premiados do país, que fez a luz da histórica montagem de “Petra”, em 1982). Carol Lobato (figurinista de grandes musicais nacionais, como “Cinderela”) idealizou e executou o projeto de figurinos. Branco Ferreira (especialistas em som para musicais, como “Contravento”) faz o design de som. Luma Le Roy (que acaba de voltar de uma especialização na França) é a responsável pelo visagismo. Daniela Pereira Carvalho (“Renato Russo”) fez a supervisão de dramaturgia.

Sinopse
Uma renomada autora de novelas está esfuziante com o sucesso do primeiro folhetim a ter um triângulo amoroso formado por mulheres. Ela divide esse cotidiano profissional e afetivo com amigas. A chegada de notícias inesperadas muda o destino de todas. Com repertório que passeia pelo universo de canções femininas, a narrativa segue tecendo relações de afetos entre seis mulheres.
preconceitos e padronizações que querem nos definir e aprisionar. É esse o lugar que queremos chegar com nossas vozes.” Gabriela Correa.
“O musical fala sobre muitas relações de afeto. No momento em que vivemos falar de afetos, sem que haja temor, é um ato revolucionário. É mesmo possível e preciso amar sem temer”. Luiza Guimarães.
“É um presente e um privilégio integrar um elenco cheio de mulheres tão poderosas e poder abordar questões tão urgentes como o feminismo e a homossexualidade. Não vejo a hora de cantar para o mundo que qualquer maneira de amor vale a pena! Evoé às deusas do teatro”. Tainá Baldez.
“Que maravilha é falar de amor e estar rodeada de mulheres incríveis. Um privilégio em tempos atuais, não é?”. Renata Celidonio.

Workshop e bate-papos
Além do espetáculo, haverá um bate-papo com elenco após a sessão do dia 27/08 (véspera do Dia da Visibilidade Lésbica), às 20h, e um workshop gratuito de “Dramaturgia para Musicais”, ministrado por Sérgio Maggio nos dias 19/08 (das 10h às 12h. das 13h às 15h) e 20/08 (das 14h às 17h), no Teatro II do CCBB. Público-alvo: atores, diretores, estudantes e amantes do teatro. Vagas: 20. Inscrições: espetaculol.omusical@gmail.com.

“L, O MUSICAL”
Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
SCES, Trecho 2, Lote 22, Brasília – DF
www.bb.com.br/cultura
Estreia: 10 de agosto de 2017
Temporada: até 1 de setembro (no CCBB)
de quarta a domingo, às 20h
Sessões extras: Nos dias 13/08 e 19/08, haverá sessão extra, às 16h30
Atenção:
A sessão do dia 25/08 será feita com atriz Luiza Guimarães, stand-in de Ellen Oléria.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Clientes BB tem 50% de desconto em até 2 ingressos
Duração: 110 minutos
Recomendação/Classificação: 14 anos
Gênero: Drama musical
Horário da bilheteria do CCBB: de terça a domingo, das 13h às 21h
Informações CCBB: Tel: (61) 3108-7600
Capacidade do teatro: 325 lugares