Com trama que aborda empoderamento feminino em diferentes gerações, filme está disponível na Netflix

A construção de uma relação que atravessa gerações com a cidade de Salvador como pano de fundo é a trama central de “Guerra de Algodão”, terceiro longa de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques, que está disponível na Netflix a partir desta segunda-feira, dia 18.

No longa, Dora (Dora Goritzki), 13 anos, e Maria (Thaia Perez), 70, são, respectivamente, neta e avó que praticamente não se conhecem e se veem obrigadas a conviver depois que a adolescente vai passar férias na Bahia com a matriarca.

Na trama, enquanto tenta a todo custo voltar para Alemanha, onde vive desde criança, Dora descobre que tem muito mais em comum com Maria do que imagina e que o afastamento da avó é fruto das escolhas consideradas “modernas” feitas tempos atrás. “Essa cidade era muito provinciana, as pessoas não tinham nada na cabeça”, diz a personagem em cena do filme. 

 – Guerra de Algodão fala do apagamento que a sociedade impôs e continua a impor às mulheres de personalidade forte, que dificilmente são enquadradas – comenta a diretora Marília Hughes Guerreiro.

Antes da estreia em circuito, o longa foi premiado como Melhor Filme no Santiago Indie Film Awards e circulou por festivais importantes mundo afora, como  18º Montreal World Film Festival (Montreal, 2018), LA Film Festival (Los Angeles, 2018), 43º Atlanta Film Festival (Atlanta, 2019) e 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (São Paulo, 2019), entre outros.

“Guerra de Algodão” é uma produção da Coisa de Cinema com distribuição da Vitrine Filmes. 

SINOPSE
Dora, 13 anos, vai passar as férias com a sua avó pela primeira vez. Maria, 70 anos, mora em um velho sobrado em Salvador, Bahia. Elas são completamente estranhas uma para a outra. Ao longo da história, Dora irá descobrir que ela não vai voltar mais para a Alemanha, país onde ela vive desde pequena com a sua mãe. Não irá voltar nem mesmo para se despedir de seus amigos. A adaptação à nova cidade não será simples. Aos poucos, no entanto, ela se sentirá interessada não apenas pela cultura local, mas também em compreender a história da sua própria família. Dora vai aprender a admirar a sua avó, uma pioneira das artes na Bahia. 

SOBRE OS DIRETORES:
Marília Hughes Guerreiro nasceu em Vitória da Conquista, Bahia, em 1978, e mora em Salvador, Bahia, desde 1991. É graduada em Psicologia (1996-2002) pela Universidade Federal da Bahia e mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas (2007-2009) pela UFBA/PósCom. Sócia da empresa Coisa de Cinema onde trabalha, desde 2006, como diretora, produtora e editora. Marília realizou diversos curtas premiados e, desde 2007, é produtora geral do Panorama Internacional Coisa de Cinema, festival internacional de cinema que acontece em Salvador desde 2002. Depois da Chuva é o seu primeiro longa-metragem. A Cidade do Futuro, o segundo longa.Cláudio Marques nasceu em Campinas, São Paulo, em 1970, e mora em Salvador desde 1982. Cláudio foi editor e crítico do jornal Coisa de Cinema durante oito anos (1995-2003). Colaborou para os jornais Tribuna da Bahia e A Tarde. Idealizou e hoje coordena o Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha. Cláudio é o idealizador e coordenador do Panorama Internacional Coisa de Cinema. Cláudio dirigiu, roteirizou e montou diversos curtas premiados. Depois da Chuva é o seu primeiro longa-metragem. A Cidade do Futuro, o segundo longa.