A O2 Play lança no próximo dia 10 de novembro, quinta-feira, o documentário “Eu, Um Outro”, de Silvia Godinho, nos cinemas. Em parceria com a Oficina de Criação, foi exibido em festivais internacionais como o Outfest Los Angeles 2020 e Melanin Pride Festival, além do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no 27º Mix Brasil.

“Espero que o filme consiga proporcionar uma experiência de alteridade e faça o público refletir sobre quão diferentes somos uns dos outros e, ao mesmo tempo, como todos atravessamos experiências semelhantes, que nos conectam enquanto seres humanos. Ou seja, como o exercício da empatia pode nos tornar pessoas melhores, com um olhar mais amoroso sobre o outro e o mundo”, declara Silvia Godinho.

Na história, conhecemos Luca, Thalles e Raul, que compartilham um elemento: eles nasceram como mulheres biológicas. Luca deixou sua cidade natal há 12 anos e, apesar disso, ainda mantém vínculos com o local e as pessoas. Desta vez, ele decidiu ir atrás de Ana, seu primeiro amor, que o rapaz não via desde que era uma menina. Durante essa jornada, ele cruza o caminho com outros dois homens trans. Raul é um estudante de filosofia mas quer ser professor e Thalles é um segurança que odeia seu trabalho e enfrenta burocracia e preconceito para registrar seu nome masculino. O que todos eles têm em comum é a urgência de viver uma vida que acabou de começar.

“Participar deste documentário foi muito importante pra mim, pra celebrar o homem que eu sou. Reencontrar meu primeiro amor foi assustador e muito bonito ao mesmo tempo”, comenta o influenciador digital Luca Scarpelli, um dos protagonistas do documentário.

“Eu, Um Outro” é resultado da curiosidade da diretora em retratar pessoas trans no Brasil, o País que mais mata a população LGBTQIA+ no mundo. Segundo Silvia, o homem trans é o mais invisibilizado da sigla e a intenção do filme é registrar as vivências deles e naturalizar a existência de corpos trans na vida em comunidade.

“Eu acompanhei dois deles, o Raul e o Thalles, por seis meses antes de chegarmos no material do filme. Filmei cerca de 80 horas. Nesse processo, eles se acostumaram com a presença da câmera e criamos uma relação de confiança entre nós. Foi a partir dessa naturalidade na relação que conseguimos um resultado que provoca no espectador a dúvida se estão assistindo a um documentário ou a um filme de ficção, pois os personagens estão muito à vontade para se exporem”, completa Silvia.

Ficha técnica:

Direção e roteiro – Sílvia Godinho

Produção – Claudia Santos

Produção Executiva – Claudia Santos e Sílvia Godinho

Direção de Fotografia e câmera – Alexandra Henao

Som Direto – Gustavo Fioravante

Direção de Produção – Silvia Dias

Direção de Arte – Daniella Basílio

Montagem e Finalização – JPZ Comunicação

Mixagem e Desenho de Som – Alexandre Martins

Trilha Sonora – Daniel Saavedra

Música Tema – Letrux

Consultoria de Roteiro – Marta Andreu

Empresa Produtora – Oficina de Criação

Distribuição – O2 Play

Elenco:

Luca Scarpelli

Raul Capistrano

Thalles Rocha