“Um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo o que eu queria fazer…”. Não que Cristina Portella não tenha se realizado como artista plástica, mas o trecho desta música cai como uma luva – de couro— sobre o seu momento atual. Aos 50 anos apostou numa vontade antiga que lhe fazia cócegas desde a adolescência: o motociclismo. “Andava na garupa escondida e me imagina sobre duas rodas. Ao longo da vida foi um sonho recorrente que sempre ficou para depois. Mas há três anos, dona da minha vida e de minhas vontades, me presenteei com uma moto”, conta Cristina, que acaba de voltar de Barra Bonita, São Paulo, onde participou da corrida Pé na Tábua.
Sua intenção não era chegar em primeiro lugar, e sim participar, conviver com pessoas que compartilham da mesma paixão. Para sua satisfação, além de concluir a prova feminina Batom, teve sua motocicleta, uma Honda 125 cc, premiada com o terceiro lugar no Concurso Moto Antiga, na categoria Nacional até 1984. “Passei meses procurando um modelo bem original e investi para que ficasse o mais próximo possível ao lançado em 1977”, conta.
No dia-a-dia, Cristina recorre à moto para se locomover por Brasília e viajar pelo Centro-Oeste com os amigos que o novo estilo de vida lhe trouxe. E cilindrada e tamanho não são problemas para ela. De 125 a 1600 cc o negócio é acelerar, o que ela faz com muita destreza e responsabilidade, seja em uma clássica ou em uma Custom.