Com mais de dez etnias indígenas e programação até o dia 14 de julho, evento proporciona vivência étnica com povos de diferentes regiões do Brasil e discussões sobre importância da demarcação das terras dos povos originários

Importância da demarcação das terras indígenas, segurança alimentar, proteção da biodiversidade e as práticas tradicionais dos povos originários são alguns dos temas que serão discutidos durante a Aldeia Multiétnica, evento que chega à sua 15ª edição como um dos principais encontros sobre culturas, vivências e tradições indígenas do calendário nacional. A programação, realizada pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge em parceria com o Centro de Estudos Universais, começa nesta sexta-feira (7), e segue com uma extensa agenda até o dia 14 de julho, na Chapada dos Veadeiros. 

Trata-se de um grande encontro multiétnico de partilha de conhecimentos com princípios de preservação, promoção e acesso ao patrimônio material e imaterial brasileiros. O evento acontece em uma área de preservação ambiental do Cerrado a 20 km de Alto Paraíso de Goiás (GO), no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

Ao longo dos dias de Aldeia Multiétnica, diversos povos indígenas realizam seus cantos, danças, rezas, comidas, pinturas tradicionais, ritos e mitos que aproximam os participantes da cosmologia – maneiras de viver e entender o mundo – dos povos indígenas e quilombolas. O projeto possui oito casas indígenas tradicionais construídas no local por representantes dos povos Kayapó/Mebengôkré (PA), Krahô (TO), Fulni-ô (PE), Guarani Mbyá (SC), Kariri Xocó (AL/DF), Xavante (MT), Alto Xingu (MT) e Yanomami (AM), além de uma Kalunga, do maior território quilombola do Brasil (GO). 

Este ano, estão confirmados os povos Fulni-ô (PE), Kariri Xocó (AL,DF), Xavante (MT), Alto Xingu (MT), Guarani Mbyá (SC), Kayapó Mebêngôkré (PA/MT), Krahô (TO), Karajá (MT,TO), Huni Kuin (AC) e Yawanawá (AC). A cada dia da vivência, uma etnia realiza uma festa tradicional. As celebrações começam no amanhecer e vão até o início do próximo dia, quando o comando da Aldeia passa para outro povo. 

“A Aldeia é uma oportunidade única de imersão nas culturas e saberes indígenas como possibilidade de acompanhar e participar de atividades de celebrações, cantos, rezas, dos ritos, da culinária e dos hábitos rotineiros de diversos povos originários. É sobre conhecer a nossa própria história, com arte, memória, tradição e fé do que nós somos e do que é o Brasil”, aponta Juliano George Basso, presidente da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e idealizador e coordenador do Encontro de Culturas e da Aldeia Multiétnica.

Para realizar a vivência, é possível fazer a inscrição em diversos formatos, para quatro e oito dias no formato vivência disponíveis em www.aldeiamultietnica.com.br/vivencias/xvaldeia/.

Visitações diárias

Também é possível visitar a Aldeia Multiétnica entre os dias 8 e 14 de julho, das 14h às 18h. O ingresso também inclui o acesso durante a manhã, a partir das 8h, às cachoeiras Almécegas I e Almécegas II, que podem ser feitas por meio do circuito de trilhas do próprio espaço da Aldeia. 

Mesas abertas para discussões 

Espaço de diálogo e de discussões sobre diversos temas apresentados, neste ano a Aldeia Multiétnica foca em assuntos emergenciais e que precisam ser dialogados. Há, por exemplo, rodas de conversa sobre educação e saúde indígena, a importância da demarcação das terras dos povos originários, segurança alimentar e a Convenção 169 da OIT. 

Serviço:

Aldeia Multiétnica: 7 a 14 de julho
Estrada para o Vale Verde, a 20 km de Alto Paraíso de Goiás (GO)

Encontro de Culturas: 21 a 29 de julho

Vila de São Jorge (GO)

Realização da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge 

Informações: @aldeiamultietnica e @encontrodeculturastradicionais 

www.aldeiamultietnica.com.br

www.encontrodeculturas.com.br