Série realiza sessão-teste com público do episódio “Hoje tem paredão?”, sobre o coletivo baiano TrapFunk&Alívio
Exibição inédita acontece neste sábado (26), às 19h, com presença da diretora Viviane Ferreira e equipe da produção
Favela.doc é uma coprodução Distrito Federal/Bahia que apresenta uma radiografia da música de favela brasileira através de personagens fundamentais para o funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e o pagode baiano – os membros do coletivo TrapFunk&Alívio e o Nordeste de Amaralina são retratados no primeiro episódio
No próximo sábado, 26, o Festival Paredão Ocupa Museu exibe, em formato de teste de audiência, o primeiro episódio da série documental Favela.doc, uma radiografia audiovisual da música de periferia do Brasil. A exibição inédita acontece às 19h, na Sala de Cinema do CCBB Brasília, e conta com a presença da diretora, Viviane Ferreira (Ó Paí, ó 2), da montadora da série Ada Souza, e dos produtores executivos Amanda Bittar e Guilherme Tavares.
Favela.doc é uma coprodução entre a Um Nome – Agência Criativa – realizadora do festival Favela Sounds – e a Odun Filmes – responsável por obras como Umdia com Jerusa e Mato Adentro. A série, dividida em oito episódios, tem como pano de fundo a criatividade e efervescência do funk, trap, samba, grime/drill, tecnobrega, bregafunk, R&B e pagode baiano. A obra conta com co-direção e assistência de direção de Melina Bomfim e direção de fotografia assinada por Flávio Rebouças.
A ideia da exibição é promover uma primeira interação entre a produção da série e o público, coletando impressões e sensações da plateia que serão reunidas e analisadas para a finalização da obra – que se encontra em fase de montagem. O episódio exibido é um piloto, ainda sem tratamento final de cor e som, que em seu processo de finalização poderá levar em conta os feedbacks recebidos neste encontro.

Em “Hoje tem paredão?”, a série mergulha na favela do Nordeste de Amaralina, onde acompanha de perto o processo criativo, as vivências íntimas e a inventividade do coletivo TrapFunk&Alívio. Formado por Felipe Pomar (Banha), Alex Ribeiro (DJ Allex), Felipe Cardeal (Manno Lipe), Luitan Assis (MC Sagat) e Philipe Estevão (B-Boy Sabotage), o grupo traduz a essência da música produzida em comunidades periféricas, impulsionada por sistemas de som e tecnologia, apresentando repertório que mescla o trap e o funk ao pagodão baiano, resultando em misturas de potência global.
Nos outros sete episódios, Favela.doc passeia entre Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará, São Paulo e Distrito Federal, sempre retratando um estilo musical diferente. A escolha dos estados não foi aleatória, mas sim estratégica para capturar a diversidade cultural e as nuances específicas de cada região. Do Planalto Central à Amazônia paraense, das favelas cariocas e paulistas às periferias baianas e pernambucanas, a série faz mergulhos profundos nestes ritmos, contribuindo para o reconhecimento de seus criadores e expondo ao público um panorama do impacto social e econômico que estes movimentos culturais têm nas comunidades. Na linha de frente dos episódios estão personagens fundamentais dos estilos apresentados: figuras cujas histórias destacam o protagonismo das favelas na construção da identidade nacional e na inovação da música brasileira.
O Favela Sounds foi palco para dois episódios do DF, tendo o samba representado pelos Filhos de Dona Maria e o R&B pelo duo Margaridas. Diretamente da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a produção acompanha a história de uma das precursoras do funk carioca, Deize Tigrona, na Cidade de Deus, onde também nasceu o estilo que ganhou o mundo. Ainda no Rio, Favela.doc roda um episódio de uma figura que tem sua história contada entre a Cidade Alta, o bairro da Taquara e Manguinhos: Nina do Porte, ou simplesmente N.I.N.A., um dos maiores expoentes nacionais do grimee do drill.
Em São Paulo, a Baixada Santista é o pano de fundo para narrar o percurso trilhado até aqui pelo DJ Mu540(Muzão), produtor da Praia Grande que se tornou umdos nomes mais conhecidos atualmente quando o assunto é trap e funk paulistas. Em Belém, as gravações mergulham nos bastidores do baile de tecnobrega a partir da história do Maderito, um dos vocalistas da Gang do Eletro e unanimidade nas festas de Aparelhagem. Finalmente em Salgadinho, periferia de Olinda, o bregafunk é apresentado por uma de suas mais ativas cantoras, Rayssa Dias.
Além de se aproximar do campo íntimo destes personagens, entrevistando suas referências e parceiros, e registrar seus cenários afetivos, de criação e de trabalho, Favela.doc reflete também sobre a potência econômica dos estilos musicais periféricos, retratando como esta música injeta renda e gera emprego nos territórios por ela mais impactados. A série é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, e tem equipe complementada pela direção de produção de Carol Lacombe, som direto de Marise Urbano, direção de arte de Amanda Lima, segunda câmera de Paula Ortiz e logging de Ada Souza e Aleph Pereira.
FICHA TÉCNICA
Episódio: Hoje tem paredão?
Personagem: TrapFunk & Alivio
Local da gravação: Nordeste de Amaralina, Salvador/BA
Direção: Viviane Ferreira
Assistência de Direção e Codireção: Viviane Ferreira e Melina Bomfim
Argumentos: Guilherme Tavares
Produção Executiva: Amanda Bittar e Guilherme Tavares (Um Nome – Agência Criativa/Favela Sounds)
Direção de Produção: Carol Lacombe e Amanda Bittar
Direção de Fotografia: Flávio Rebouças
Som: Marise Urbano
Direção de Arte: Amanda Lima
Segunda Câmera: Paula Ortiz
Montagem: Ada Souza
Loggers: Ada Souza e Aleph Pereira