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Apesar da polêmica em torno da escolha do longa ‘Pequeno Segredo’ para representar o Brasil no Oscar 2017, o filme baseado no livro “Pequeno segredo – A lição de vida de Kat para a família Schürmann’, escrito por Heloisa Schürmann, é bom, tem boas interpretações e não faz feio como a maioria da crítica insiste em enfatizar.
Julia Lemmertz (Heloísa) convence com a mãe adotiva da pequena Kat (Mariana Goulart), em sua preocupação constante com a menina frágil, que adentra a puberdade com todos os questionamentos da idade, os conflitos na escola, o primeiro amor e o ‘segredo’ que ela mesma desconhece sobre si mesma.
Kat era uma criança neozelandesa, nascida em 1992, fruto do relacionamento de Robert (Errol Shand) e Jeanne (Maria Flor) e teve a oportunidade de viver intensamente 13 anos de sua vida, navegando por todo o mundo e conhecendo inúmeros lugares e países. Aventureira e corajosa, a pequena menina nunca deixou de lutar por tudo aquilo que queria e gostava.Teve uma vida que muitos gostariam, mas morreu precocemente em decorrência das complicações do vírus HIV adquirido através de sua mãe biológica.
No filme, que passeia por cenas do passado e presente, é possível sentir da realidade que a família viveu ao lado da menina. Em uma das cenas Heloísa descreve sua sensação a cada pôr do sol ao lado da garota: ‘A gente observa o dia ir embora, sem saber se vai ser o último que passaremos juntas’.
Sem parecer piegas, ‘Pequeno Segredo’ é um filme para toda família e toca sim em pontos importantes como o desapego, o amor, a valorização de cada momento e a certeza em saber o quão efêmera a vida é.