Conhecido na cidade, o sommelier Rafael Sá, da Pires de Sá Vinhos, fala sobre rótulos chilenos que são adorados pelos brasileiros tanto pela versatilidade quanto pelo excelente custo benefício.

“O Chile é um dos maiores produtores de vinho atualmente, apesar de ser do novo mundo. Os vinhos chilenos são os mais consumidos pelos brasileiros. Sessenta por cento das importações brasileiras no ramo dos vinhos vêm do Chile. Isso ocorre devido a uma mistura de boas condições climáticas, visão empresarial e governos que apostaram no livre comércio.”

Em se falando de clima, o Chile sai na frente por possuir três barreiras naturais: a Cordilheira dos Andes, o Oceano Pacífico e as geleiras da Patagônia. Elas protegem o ecossistema de microrganismos.

Os vinhos brancos estão associados à costa, porque a luz do sol passa pela bruma do mar e se dissipa, em vez de incidir diretamente sobre as uvas. As noites muito frias e os dias quentes fazem com que a uva amadureça mais lentamente.

Sob a influência da brisa do mar, no centro do país, assim como do Rio Limari, no norte, os vinhos brancos chilenos se tornam muito frescos, aromáticos e minerais.

Já os vinhos tintos se beneficiam da proximidade à cordilheira e do terreno pedregoso. Nessas áreas, a temperatura vai dos 38 graus centígrados de dia aos 8 graus durante a noite.

A raiz das plantas se estica até as pedras mornas e com esse contato produz mais tanino — a alma do vinho, responsável pela sensação de acidez na boca e pelos benefícios antioxidantes para o coração.

Algumas das opções que Rafael indica são: Ventisqüero Yali Cabernet Sauvignon, do Vale Central; Ventisqüero Yali Reserva Pinot Noir, do Vale de Casablanca; Casas del Bosque (já ganhou diversas vezes a melhor vinícola do Chile) Reserva Sauvignon Blanc, também do Vale de Casablanca; Maquis (vinícola garagem/boutique) Rosé, do Vale de Colchagua e o Casas del Bosque Gran Reserva Carignan, do Vale do Maule.