Realizada mensalmente no USINA Centro de Arte e Entretenimento, que fica no Setor de Oficinas Norte, a FACTORY festeja o primeiro ano de atividades com a edição RE-EXISTIR, no sábado, dia 28 de janeiro. E como convidada especial, a paulista MC Linn da Quebrada sobe ao palco pela primeira vez em Brasília. Além dela, outras seis atrações  – Djs Bruno Antun, Ária Rita, Sadboys, Afrobixas, Divina e Porndeeladin – vão esquentar a pista.
Unindo todas as formas de arte e apoiando jovens artistas da capital e de fora, a FACTORY foi criada por produtores brasilienses que preferem o mistério do anonimato. Batizada em homenagem ao estúdio que o mestre da Pop Arte Andy Warhol mantinha em Nova York, se a Factory norte-americana foi espaço de festas e encontros de drags, pintores, cineastas, atores e outros artistas, a versão brasiliense guarda a mesma essência contestadora e irreverente.
Por isso, a edição de aniversário FACTORY RE-EXISTIR convida uma artista que vem ganhando espaço na mídia por levantar discussões sobre gênero com letras de funk que desafiam o preconceito. Bicha, trans, preta e periférica. Nem ator, nem atriz, a terrorista de gênero, como ficou conhecida MC Linn da Quebrada, apresenta os hits Enviadescer, Bixa Preta, Mulher e outros num show pra lá de rebolante em Brasília.

MC Linn da Quebrada que, agora, também usa a música – especificamente o gênero funk – como uma ferramenta de transformação social e uma poderosa arma na luta pela quebra dos paradigmas sexuais. Munida de letras políticas, poderosas e dançantes, o show da cantora MC Linn é uma mistura de protesto, artes visuais e muita dança. Entre as referência de Linn no mundo do funk estão artistas como Mc Xuxú, Mc Trans, Deize Tigrona, Valesca Popozuda, Tati Quebra Barraco e a precursora Cláudia Wonder.
Formada na Escola Livre de Teatro de Santo André, estudou ballet clássico e dança contemporânea no Centro de Artes Pavilhão D e moradora de um bairro localizado na extrema Zona Leste de São Paulo, Linn explica que o seu trabalho como cantora e compositora de funk tem como objetivo empoderar a periferia. “Eu falo de um lugar no qual eu me reconheço, falo da quebrada, com a quebrada e para a quebrada. Falo sobre movimento e resistência. Dançar sobre as ruínas desse patriarcado machista é libertador. Emitir essa mensagem a partir de um corpo preto, bixa, pobre, abjeto.” Mais informações no site: www.linndaquebrada.com.

SERVIÇO
FACTORY RE-EXISTIR
Dia: 28 de janeiro, sábado, a partir das 22h30
Local: USINA Centro de Arte e Entretenimento (SOFN Quadra 01 Conjunto B Lote 12)
Ingressos: R$ 10,00 (antecipado/ESGOTADO), R$ 15,00 (1º lote) e R$ 20,00 (2º lote) no site www.sympla.com.br; e R$ 30,00 (na porta).
Fotos em alta resolução:
Classificação indicativa: 18 anos