baixa - Frida Khalo, Autorretrato con collar, 1933 - Óleo sobre metal - foto de Gerard Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust.

Frida Khalo, Autorretrato con collar, 1933 – Óleo sobre metal Foto: Gerard Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust.

Uma grande exposição em homenagem à pintora mexicana Frida Kahlo entra em cartaz na próxima quarta-feira (13), na Caixa Cultural Brasília. ‘Frida Kahlo – Conexões Entre Mulheres Surrealistas No México’ traz desenhos, pinturas, colagens e litografia assinados por Frida, além de obras de outras 14 artistas: María Izquierdo, Remedios Varo, Leonora Carrington, Rosa Rolanda, Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch, Alice Rahon, Kati Horna, Bridget Tichenor, Jacqueline Lamba, Bona Tibertelli, Cordelia Urueta, Olga Costa e Sylvia Fein.
Dentre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda mais duas de suas telas que trazem a sua presença, como em “El abrazo de amor del Universo, la terra (México); Diego, yo y el senõr Xóloti” (1933) e “Diego em mi Pensamiento” (1943); além de uma litografia, “Frida y el aborto” (1932). Imagens de Frida Kahlo estão presentes ainda nas fotografias de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia, Martim Munkácsi, e na litografia “Nu (Frida Kahlo)” (1930), de Diego Rivera.
Além da exposição, a programação ainda conta com uma mostra de filmes dedicado às artistas Alice Rahon, Rara Avis (Bridget Tichenor), Jacqueline Lamba, Leonora Carrington e Remedios Varo; exposição de roupas, documentos, fotografias e catálogos ligados à artista.

Frida Khalo, La novia que se espanta al ver la vida abierta, 1943 - foto Gerardo Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust

Frida Khalo, La novia que se espanta al ver la vida abierta, 1943 – Foto: Gerardo Suter ©2015 Banco de México Diego Rivera & Frida Kahlo Museums Trust

Para Teresa Arcq, pesquisadora e curadora da exposição, os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado. “Em alguns autorretratos Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas. Impressiona constatar como estas artistas subvertem o cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos pessoais”, observa a curadora.

Leonora Carrington - Artes 110, 1942, Coleção Goodman ©Carrington, Leonora

Leonora Carrington – Artes 110, 1942, Coleção Goodman ©Carrington, Leonora

O curador do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, enfatiza que a intensidade, dramaticidade e subjetividade das obras dessas artistas tornam este conjunto inquietante até para aqueles mais familiarizados com o movimento surrealista, que originalmente surgiu na França na década de 1920, tendo como maior predicado a tentativa de escapar do império do realismo e da racionalidade, acenando para o inconsciente, o acaso e o onírico. “Os tópicos já consagrados na discussão do surrealismo se multiplicam e extravasam muitas fronteiras, o que se reflete em imagens pungentes e inesquecíveis por suas cores e traços impositivos, pelos elementos da cultura nativa mexicana, pelos gestos confrontadores e pelo desprezo por qualquer convenção do que seja o bom gosto burguês tradicional”.

Serviço:
Exposição: ‘Frida Kahlo – Conexões Entre Mulheres Surrealistas No México’
Local: De 13/04 a 05/06, das 9h às 21h (somente com retirada de senhas na bilheteria ou pelo site frida.ingresse.com)
Local: Caixa Cultural Brasília-SAS quadra 4 lote 11
Informações: (61) 3206-9448 / 9449
Classificação livre.