Já imaginou se o transporte fosse instantâneo e sem limites? Pense em um mundo onde todos pudessem se locomover através do teletransporte ao invés de utilizarem avião, carro, ônibus, trem ou qualquer outro meio de transporte.

“Teleport City” lida com uma série de hipóteses sobre o mundo depois do advento do teletransporte. O projeto concebe um mundo a partir da hipótese da invenção do teletransporte, uma metáfora sobre um possível transporte de massa ilimitado e instantâneo.

A mais radical revolução no tempo e no espaço possibilita à humanidade diversas experiências culturais.

O projeto é composto por cinco instalações, publicação impressa, intervenção urbana e trilha sonora:

“Teleport City é uma pesquisa que surge a partir da hipótese da existência do teletransporte como um meio de transporte em massa. Se o teletransporte existisse e fosse possível, o que acontece a partir daí? Que novas síndromes as pessoas podem desenvolver a partir desta possibilidade de você explorar o mundo instantaneamente para qualquer lugar? O que você faz com as ruas que você não precisa mais para passar com o carro? Em algumas culturas estas ruas podem se tornar prédios, em outras você pode encher com parques. Que novos produtos vão ter que existir para te ajudar? O que acontece com os ciclos a partir do momento em que você pode pular de fusos horários? Você pode, por exemplo, estender o dia para sempre.” provoca Gabriela Bilá.

Em um mundo que se transforma em velocidade exponencial, imaginar novos cenários surgidos a partir de tecnologias e eventos inéditos é um exercício necessário. O mundo criado em “Teleport City” é um convite à fantasia e à reflexão sobre um futuro provável, ao qual somos conduzidos pelos caminhos venturosos da Arte e Tecnologia.

O projeto é composto por cinco instalações, publicação impressa, intervenção urbana e trilha sonora:

MUNDO MOSAICO (Maquetes, vídeo mapping + reconhecimento RFID) – Esta obra simboliza a nova geografia do Teletransporte, onde as distâncias geográficas importam menos que o desejo individual. A obra é composta de 35 maquetes volumétricas de cidades do mundo, que são colocadas em justaposição criando um contraste de percepção das diferentes configurações urbanas espalhadas pelo mundo.
Cada uma das 35 maquetes possui projeção mapeada que lhes acrescenta novas camadas de informação, como os alfabetos locais e os fusos horários simultâneos, que mudam com o passar do tempo.

Os módulos podem ser movidos livremente pelos visitantes, e a projeção mapeada acompanha a nova posição por um sistema de referenciamento RFID.

CIDADE ESTANTE (Cortes arquitetônicos e sistema LED automatizado) – Os módulos reunidos neste painel simulam, em corte arquitetônico gravados em acrílico, os prédios de uma cidade cujos habitantes já estão habituados ao teletransporte. As luzes que se acendem e se apagam representam as constantes mudanças que o novo meio de locomoção acarreta nos usos e funções desses prédios, transformando a arquitetura em algo efêmero, quase descartável.

PAINEL TELEPORT (Vídeo projeção mapeada sobre adesivo) – Um possível advento do teletransporte abriria espaço para alterações tanto no espaço físico das cidades quanto no cotidiano das pessoas – marcado, por exemplo, pelo surgimento de novos produtos, movimentos e transtornos mentais. Esta instalação analisa algumas dessas transformações, representadas com ilustrações, textos e infográficos.

CARTOGRAFIA DO DESEJO (Cartografia, luz e transparências) – A obra representa a cartografia customizável do teletransporte, que sobrepõe os mapas do mundo segundo o percurso movido pelo desejo.
Os mapas são recortados em peças transparentes, todos na mesma escala, e podem ser organizados pelo visitante em uma pequena prateleira sobre refletor. A luz atravessa os mapas criando o efeito de sobreposição de cartografias no teto da galeria.

TELEPOD (Cabine de teleportação) – A obra simula as cabines de teleportação. Nas paredes estão embutidas telas 42 polegadas, que exibem diferentes vídeos de locais do mundo, tanto cenas externas como internas (residencias, lojas, bares, etc). O visitante troca a cena em exibição através de um controlador, podendo escolher seu próximo destino por coordenada, fuso, clima ou atividade.
O Telepod será levado para a Rodoviária do Plano Piloto como uma intervenção urbana, no dia 8 de novembro (quarta), de 9 às 18 horas. Trata-se de uma ação pública que visa convidar os transeuntes para visitar a exposição no Museu Nacional da República.

TRILHA SONORA (Confronto Soundsystem) – As obras são conectadas pela ambiência sonora criada pelos artistas do coletivo brasiliense Confronto Soundsystem. A trilha, de 20 minutos, compila vozes e sons de locais do mundo unidos à sonoridades oníricas e sintéticas.

Serviço:
Mostra “Teleport City” de Gabriela Bilá
De 14/11 a 05/12
Abertura: 14/11 (terça), às 19h
Visitação: De terça a domingo, de 09h às 18h30
Local: Museu Nacional da República-Esplanada dos Ministérios
Classificação livre
Informações e agendamentos do Programa Educativo: (61) 98126-4497.
facebook.com/cityteleport
instagram: @teleportcity