Ocupação Itaú Cultural Alceu Valença apresenta a vida do cantor, compositor, instrumentista e advogado brasileiro, natural de São Bento do Una, agreste de Pernambuco  (Divulgação)

Inaugurada no dia 14 de dezembro, a 48ª mostra Ocupação Alceu Valença, no Itaú Cultural, faz um mergulho na vida e na obra do cantor, compositor, instrumentista e advogado brasileiro, natural de São Bento do Una, agreste de Pernambuco. Os fãs do artista terão até 02 de fevereiro para conferir , gratuitamente, cada detalhe da mostra que mistura música, cinema e tecnologia. A pesquisa teve inicio graças ao acervo de Adelma Valença, mãe do artista que morta em outubro de 2018, aos 104 anos. 

História, vida  e obra

Na Ocupação, o público é recebido em uma antessala onde se lê seu poema O Tempo, exposto também em braile. Na sequência, um espaço com baixa luminosidade, pontuado de estrelas, em uma referência à luneta de seu filme A luneta do tempo (2014) e à constelação da família. Em seguida, a projeção de A Noite do Espantalho, filme de Sérgio Ricardo onde ele fez papel principal e representou o Brasil no Oscar para o melhor filme estrangeiro, em 1975.

O segundo eixo percorre a sua obra, parcerias e estrada, em uma espécie de psicodelia. O terceiro segue por Olinda. Ouve-se o mar e se vê Alceu Valença fazer breves aparições na janela. Também tem audiovisuais, como um super 8 gravado por ele mesmo, uma obra imersiva em 360 graus, sobre a cidade, e a gravação de um trecho de show que o cantor fez em Pernambuco, quando percebeu a presença de Dom Helder Câmara na plateia, e lhe fez uma homenagem.

Uma porta, na sequência, dá acesso ao eixo 4, o coração da mostra e representante do agreste. Tem paredes de barro, uma árvore feita de corda de sisal no centro, uma projeção de São Bento do Una atualmente, imagens de A Luneta do Tempo, referências circenses e um audiovisual em que o cantor pede chuva para o universo.

A passagem para o quinto eixo é feita entre uma lona de circo, lembrando que Valença queria trabalhar no picadeiro. A partir dali o público repassa toda a discografia do pernambucano e acessa a uma playlist criada pelo instituto com suas músicas para ouvir no Spotify. A saída pelo eixo 6 não poderia ser outra: referências ao Carnaval com uma paisagem sonora do HD pessoal do cantor construída por sons carnavalescos. Neste eixo também tem uma vitrola com 18 discos disponíveis para o público ouvir.

Tecnologia 

Uma obra em realidade virtual – nos eixos 4 e 5 – em que um vídeo leva o observador a uma experiência em 360 graus, acompanhando narrativa do próprio cantor é possível fazer um passeio pelo agreste de São Bento do Una, onde Valença nasceu e viveu parte de sua infância, e Olinda, finalizando com o show Valencias II realizado por ele recentemente no Auditório Ibirapuera com a Orquestra Ouro Preto.

Uma série de QR Codes amplia o acesso do público à exposição. Um deles, está no audiovisual com um depoimento do cantor e remete para o verbete do artista na Enciclopédia Itaú Cultural de Artes. Outro, entre fotos do compositor e ao lado de Geraldo Azevedo, direciona para um depoimento do parceiro no site do instituto. Igualmente, entre imagens de Jackson do Pandeiro e Valença no Projeto Pixinguinha, o código leva para depoimento do pernambucano sobre sua parceria com o alagoano. Tem ainda o QR Code que remete para a obra em realidade virtual de Olinda e mais um para a playlist no Spotify com músicas do homenageado desta Ocupação.

Serviço:

Itaú Cultural: Ocupação Alceu Valença

Visitação: de 14 de dezembro de 2019 a 2 de fevereiro de 2020

Piso térreo. Classificação etária: livre

De terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h (permanência até 20h30) Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro, linha verde.