Para comemorar o Dia do Meio Ambiente, chega às salas de cinema nesta quinta-feira dia 06, o documentário ‘Amazônia Groove’ do diretor Bruno Murtinho.

O filme foca na diversidade musical encontrada e produzida na Amazônia Paraense e mostra sons, ritmos e histórias curiosas e emocionantes dos artistas e personagens anônimos que aparecem no filme.

Em trecho o multi-instrumentista Manoel Cordeiro, dedilhando seu violão, indaga: “Quantas músicas cabem nesse Rio ?” Ele não saberia responder a essa pergunta, mas sabe que elas tocam a alma do homem. E sintetiza: “É uma música para o mundo inteiro ouvir”.

“A música da Amazônia é um presente para o Planeta Terra”, ressalta Manoel Cordeiro, em cena de ‘Amazônia Groove’

A trilha sonora é composta por Carimbó, Búfalo Bumbá, Guitarrada, violão clássico amazônico, sofrência, sons que se entrelaçam aos cantos dos pássaros, tecnobrega e canções de devotos em procissão.

Entre as personalidades que dão seus depoimentos estão a musa do carimbó, Dona Onete, o multi-instrumentista, Manoel Cordeiro, o violonista reconhecido internacionalmente Sebastião Tapajós, o pescador cancioneiro Mestre Damasceno, o compositor paraense Paulo André Barata, o pesquisador de sons Albery Albuquerque, o rapper Mg Calibre, o DJ Waldo Squash e Gina Lobrista, a diva do brega que se apresenta no mercado Ver-o-Peso, no centro de Belém do Pará.

Destaque no Festival do Rio 2018, ‘Amazônia Groove’ , de Bruno Murtinho, foi vencedor do prêmio de fotografia no cultuado festival South by Southwest (SXSW) 2019, no Texas. O filme recebeu elogios do cineasta Fernando Meirelles: “Um filme delicioso, destes para mergulhar. Encantador, literalmente”.

SINOPSE

“Amazônia Groove”, nome extraído do CD homônimo de Marco André, idealizador e diretor musical do filme, cruza a Amazônia Paraense, revelando artistas e tradições musicais que pulsam numa região pouco conhecida dos próprios brasileiros. As extraordinárias vidas dos protagonistas e a intangível força do lugar estão em cada fotograma do filme. Tal força, fruto de antigas culturas, faz emanar uma sonoridade única, diferente de tudo que a maioria de nós já experimentou nos cinemas. Através de seus artistas, o filme dá voz a uma parte fundamental do Planeta Terra, estendendo o olhar do Brasil e do mundo para uma quase desconhecida tradição musical que tanto tem a nos revelar.