Em cartaz a partir de hoje, ‘Brooklyn sem pai nem mãe’, longa metragem escrito, dirigido e protagonizado por Edward Norton, é baseado no livro de Jonathan Lethem ‘Motherless Brooklyn’.

O filme é passado na década de 50 em Nova York e mostra uma época de transformações intensas na cidade, com negócios escusos entre grandes empresários e o governo, em um jogo de interesses, intrigas e mentiras.

Lionel Essrog (Edward Norton) é um detetive particular de mente aguçada, memória surpreendente que sofre de Síndrome De Tourette. Um misto de capanga e protegido de Frank Minna (Bruce Willis), um sujeito influente que acaba sendo assassinado em uma de suas transações com os poderosos da big apple. Sua expertise como detetive faz com que Lionel busque pistas para desvendar a morte de Minna e assim ele inicia uma investigação minuciosa que vai expor segredos.

A trama intrincada deixa o filme um pouco lento e cansativo mas compensa pela escala de atores fortes e de interpretação marcante como Willem dafoe e Alec Baldwin. Destaque para Gugu Mbatha-Raw no papel da advogada Laura Rose e da trilha sonora embalada por jazz e blues que eleva o astral do filme. A trilha foi composta por Daniel Pemberton (‘Steve Jobs’, ‘Todo o Dinheiro do Mundo’, ‘Oito Mulheres e um Segredo’, ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’) e tem como destaque Wynton Marsalis tocando trompete.

O figurino de época foi bem conduzido por Amy Roth, responsável pelas séries de TV ‘The Looming Tower’ e ‘Indignação’.

Lionel Essrog é o bom sujeito orfão que deve sua vida ao ‘protetor’ e aproveita a situação pra provar isso e mudar o rumo da sua existência. Sem cair no drama excessivo, ‘Brooklyn sem pai e mãe’ também chama a atenção para uma época difícil para os negros moradores das chamadas ‘Slum’ (favelas) e a relocação para bairros como Bronx e Queens, elucidando um pouco da possível histórias dos negros na cidade.