Marinha_-_divulgacao_CCBB-910x715-910x715O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília(CCBB) recebe a exposição “Bracher – Pintura & Permanência”, uma retrospectiva extensa da carreira do artista plástico mineiro Carlos Bracher, entre os dias 10 de junho a 27 de julho. A mostra – que já esteve no CCBB de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro – segue para a galeria do Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga (MG), após a exibição na Capital. Com curadoria de Olívio Tavares de Araújo em parceria com o próprio pintor, o público poderá conhecer mais de cem obras produzidas ao longo de quase 60 anos em atividade. Pela primeira vez, Bracher ganha uma montagem interativa, com espaço multimídia e cenografia assinada por Fernando Mello da Costa.
Frutos_-_divulgacao_CCBB-910x659-910x659Mineiro nascido em Juiz de Fora, Carlos Bracher (74 anos e 57 de carreira) escolheu a cidade histórica de Outro Preto para morar e montar o seu ateliê.             A mostra apresenta retratos (e autorretratos) – uma de suas marcas registradas – e as séries “Naturezas-Mortas e Marinhas”, “Paisagens Mineiras”, “Van Gogh”, “Siderúrgicas” e “Brasília”, fruto da estreita relação do artista com a Capital Federal desde sua fundação, além de outras obras que representam todas as fases da carreira do artista. No Rio, a exposição foi contemplada com mais 15 pinturas da série “Bracher: Tributo a Aleijadinho”, uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do Barroco realizada em 2014.
Cidade_-_divulgacao_CCBB-910x740-910x740A exposição também revela um pouco da intimidade do artista em ambientes interativos que permitem a entrada dos visitantes: a reprodução do ateliê de Ouro Preto e do Castelinho dos Bracher, em Juiz de Fora, onde o artista passou a infância e a juventude. Os dois espaços são compostos por diversos objetos originais: móveis, desenhos, livros, fotos, discos, tintas, pincéis, cavalete, além de louças pintadas à mão produzidas pela Louçarte, extinta fábrica da família Bracher em Minas. “É uma representação fiel, que leva os visitantes ao meu olhar, vivenciando este ambiente que me levou ao mundo das artes”, comenta Bracher sobre a réplica da sala de estar do Castelinho.
O terceiro ambiente interativo é um espaço multimídia. Criado especialmente para a exposição, um programa de computador capta os movimentos do público e, em seguida, os reproduz em um telão branco em forma de pinceladas, que foram elaboradas a partir de vetorização de gestos e cores do próprio Bracher e gravadas previamente. O som da própria voz do artista, com textos de sua autoria, contribui para a imersão do visitante em seu universo de pintura e poesia.
Para o dia da abertura (10/6), está programado bate-papo com o artista no Teatro I, às 19h, e, na sequência, o curador Olívio Tavares de Araújo ministra palestra sobre a obra de Carlos Bracher e a restrospectiva que chega a Brasília.
O público ainda poderá acompanhar uma performance ao vivo do artista no dia 04 de julho, às 16h, no ateliê cenográfico instalado no CCBB. Bracher fará um retrato de uma personalidade de Brasília.  Em Belo Horizonte, o músico Lô Borges foi retratado ao vivo. Em São Paulo, o maestro Julio Medaglia e, no Rio de Janeiro, João Cândido Portinari, filho de Cândido Portinari. Os três quadros estarão expostos na montagem em Brasília.
“A exposição já retrata muito bem o universo artístico do meu pai, trazendo réplicas do ateliê e da casa onde ele cresceu e se inspirou; tocando as músicas que ele ouve enquanto pinta; mostrando os textos que ele escreve; entre outros elementos. Agora vamos coroar essa imersão com a participação ao vivo do artista em contato direto com o público, que poderá testemunhar o seu processo criativo”, destaca a filha e idealizadora da exposição, Larissa Bracher.
A responsável pelo áudio e vídeos da mostra é a jornalista e também filha, Blima Bracher, que há sete anos se dedica à pesquisa de textos e imagens, tendo assinado já dois documentários sobre Bracher: “Âncoras aos Céus”, de 2007, e “Das Letras às Estrelas: JK, de Sonhos ao Sonho de Brasília”, de 2014.
Quase um terço das obras que compõem a mostra “Bracher – Pintura & Permanência” foram cedidas por 20 colecionadores no Brasil, incluindo a Coleção Gilberto Chateaubriand do Museu de Arte Moderna no Rio e Museu Mariano Procópio. No CCBB de Belo Horizonte, a mostra bateu recorde de público com cerca de 120 mil visitantes durante dois meses. Na capital paulista, o CCBB registrou mais de 88 mil pessoas em pouco mais de um mês de exposição.

CCBB EDUCATIVO
Para ampliar as possibilidades de interação do visitante com as exposições em cartaz, o Centro Cultural do Banco do Brasil desenvolve o projeto CCBB Educativo que propõe um verdadeiro mergulho na retrospectiva da carreira de Bracher, com atividades lúdicas que exploram diversas linguagens.
As dinâmicas propostas são planejadas para valorizar a arte como uma linguagem acessível a todos, que permite a aproximação e familiarização do público com os conteúdos apresentados.
Durante os finais de semana, adultos e crianças poderão participar da programação gratuita durante todo o dia. Em dias úteis, a exposição dispõe de visitas agendadas para escolas do DF ou grupos interessados em aprofundar sobre a exposição.
A Visita Mediada à exposição é o ponto de partida das atividades criadas pela equipe da Sapoti Projetos Culturais – responsável pelo CCBB Educativo. Para além de um simples passeio guiado pela mostra, o educador estimula os visitantes a falar sobre suas impressões e trocar experiências sobre o tema exposto.
Em Cantos e Contos, a atividade de contação de histórias com suporte de bonecos e música, os visitantes podem explorar o universo de contos. Em Pequenas Mãos, o público é convidado a conhecer a pintura de forma diferente, criando e recriando suas paisagens, em uma espécie de experimentação da pintura, assim como fez Bracher. O Laboratório Aberto em conjunto à atividade Livro-Vivo complementam as atividades programadas aos sábados e domingos, durante todo o período da mostra.

SOBRE O ARTISTA
Aos 74 anos, Carlos Bracher, mineiro nascido na cidade de Juiz de Fora e casado com a pintora Fani Bracher, é o artista brasileiro que mais expôs no exterior, realizando exposições individuais há mais de 40 anos, em galerias e museus de Paris, Roma, Milão, Moscou, Japão, China, Londres, Rotterdam, Haia, Madri, Lisboa, Montevidéu, Santiago do Chile, Bogotá e Kingston. Sobre seu trabalho já foram publicados sete livros e realizados dezenas de filmes e documentários.
Na década de 1990 iniciou uma sequência de “Séries Temáticas”. A primeira lhe deu projeção internacional. Em 1990, Bracher percorreu os caminhos do também pintor expressionista Van Gogh realizando a série “Homenagem à Van Gogh”, com 100 telas pintadas no centenário de morte do artista, dando vazão a uma paixão de adolescência. A partir da série, o artista foi convidado a expor em importantes museus da Europa, América e Ásia. Em 1992 lança seu olhar ao mundo industrial, pintando a série Do Ouro ao Aço, sobre a siderurgia em Minas Gerais.
Na “Série Brasília”, de 2007, faz homenagem a Juscelino Kubistchek, pintando 66 quadros nas ruas e esplanadas da capital expostos no Museu Nacional, projeto de Niemeyer. Em 2012, realiza a Série Petrobras, imprimindo visão artística ao mundo industrial do petróleo. Pinta, in loco, as principais refinarias da empresa com a produção de 60 obras, entre pinturas e aquarelas.
Em 2014, data dos 200 anos da morte de Aleijadinho, acaba de realizar a série  “Bracher: Tributo a Aleijadinho” que faz uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do Barroco. Atualmente uma retrospectiva com 50 quadros, produzidos entre 1961 a 2006, percorre diversas cidades européias já expostas no Museu de Arte Contemporânea de Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basilea, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo.

SERVIÇO:
Exposição “Bracher – Pintura & Permanência”
De 10 de junho a 27 de julho de 2015, de 9h às 21h – Quarta a Segunda-feira
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília
SCES, Trecho 2, Lote 22
Classificação indicativa: livre
Entrada Franca
Dia 10 de junho
Bate-papo com o artista Carlos Bracher
Às 19h, no Teatro I
Capacidade: 327 lugares. Entrada franca
Palestra do curador Olívio Tavares de Araújo
Às 20h, no Teatro I
Capacidade: 327 lugares. Entrada franca
Dia 04 de julho, às 16h  –  Pintura ao Vivo com Carlos Bracher
Classificação indicativa: livre. Entrada franca.
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