O 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro encerrou sua edição histórica com números expressivos. Durante os 10 dias de evento, 144 produções foram exibidas em oito mostras, com um alcance em 12 cidades.

Nas mostras competitivas, prevaleceu o debate político e estético sobre questões raciais e de gênero.

“Conseguimos aliar uma vitrine representativa do que se está fazendo no Brasil em termos de linguagem a um fórum de debates qualificado e concentrando ações para posicionar o nosso cinema no mercado internacional”, comemora o secretário de Cultura e presidente do festival, Guilherme Reis.

O Cine Brasília recebeu 5.850 espectadores na Mostra Competitiva e 3.000 na Mostra Brasília. Quem passou pelo espaço também teve a chance de acompanhar o lançamento de um DVD e 11 publicações assinadas por renomados autores nacionais, além de prestigiar os 21 DJs que animaram a pista.

A Mostra Competitiva exibiu nove longas e 12 curtas – representando 10 estados diferentes. A Mostra Brasília – 22° Troféu Câmara Legislativa também acumulou bons resultados. Foram 12 longas e 74 curtas-metragens, totalizando 86 inscritos.

O aplicativo do Festival, novidade da edição, recebeu o voto do público de maneira fácil e transparente. O App Festival de Brasília computou 3.225 votos no Júri Popular e elegeu na Mostra Competitiva: “Café com Canela” (Ary Rosa e Glenda Nicácio) e “Carneiro de Ouro” (Dácia Ibiapina). Pela Mostra Brasília: “Menina de barro” (Vinícius Machado) e “O Menino Leão e a Menina Coruja” (Renan Montenegro).

O Ambiente de Mercado também comemora o sucesso de sua 1ª edição. Em três dias de eventos, 650 pessoas participaram de atividades relacionadas à distribuição e comercialização de conteúdos para TV, cinema, VOD, internet e novas mídias, por meio das “Conversas com Players”, “Pitchings Abertos”, “Painéis” e “Clínica de Projetos”. A estimativa de negociações iniciais de licenciamento e coprodução das produções ultrapassa os R$ 2,5 milhões.

Premiação
Além da entrega do cobiçado Troféu Candango, o 50º Festival de Brasília distribuiu R$ 340 mil em cachês de seleção entre todos os filmes selecionados, a exemplo de grandes festivais nacionais e ao redor do mundo. O cachê de seleção para os longas-metragens foi de R$ 15 mil; R$ 10 mil para a sessão Hors Concours; e R$ 5 mil para curtas-metragens. Nas mostras paralelas, os longas receberam R$ 3 mil cada.

Também foram concedidos reconhecimentos em dinheiro. O Prêmio Petrobras de Cinema celebrou o melhor longa segundo o Júri Popular na Mostra Competitiva com R$ 200 mil; e o melhor longa-metragem segundo o Júri Popular na Mostra Brasília, com R$ 100 mil. Os prêmios de R$ 200 mil contemplam a distribuição do filme em pelo menos 15 salas e 5 praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial. Já os de R$ 100 mil vão garantir a distribuição em pelo menos 10 salas e três praças ao longo dos primeiros 90 dias de lançamento comercial.

Outros valores, ainda, foram concedidos aos vencedores do Júri Popular. O melhor curta levou R$ 40 mil pelo prêmio ‘Estímulo ao Curta-Metragem’. Na Mostra Brasília, o longa escolhido pelo Júri Popular recebeu R$ 40 mil; e o melhor curta da categoria R$ 10 mil, além dos troféus concedidos pela Câmara Legislativa do DF. Entre cachês de seleção e prêmios em dinheiro, o 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em conjunto com parceiros concedeu, em 2017, R$ 730 mil.